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5ª Vara do Júri remarca audiências do processo que investiga grupo de extermínio

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A 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua remarcou para o próximo dia 19 de maio, às 14 horas, as duas audiências para ouvir os acusados de participar do assassinato de Francisco Tomé Filho e de Gilberto Soares Duarte. A audiência estava marcada para esta quinta-feira, mas foi adiada porque dois dos cinco réus, Paulo César e Rogério do Carmo, que estão presos no Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II), não compareceram ao Fórum.
O juiz Raimundo Deusdeth Rodrigues Júnior, que está respondendo pela 5ª Vara do Júri, decidiu enviar um ofício à diretoria do IPPOO II pedindo uma justificativa para a ausência dos acusados e solicitando a presença deles no Fórum no dia 19 de maio.
Além deles, devem comparecer os réus Firmino Teles de Menezes; Sílvio Pereira do Vale Silva, conhecido como ?Pé de Pato?; e o policial militar Pedro Cláudio Duarte Pena, vulgo ?Cabo Pena?. Na ocasião, também serão ouvidas as testemunhas de defesa dos acusados.
Os réus são suspeitos de envolvimento em um suposto grupo de extermínio, que seria responsável por quatro homicídios, todos de pessoas ligadas à Madeireira São Francisco, localizada na avenida Osório de Paiva, no bairro Siqueira.
Além da morte de Francisco Tomé Filho e Gilberto Soares Duarte, o grupo de extermínio também é apontado como responsável pelos assassinatos de Carlos dos Santos Marques e de Miguel Luiz Neto.
Segundo a denúncia do Ministério Público, os crimes foram motivados por uma disputa judicial entre Firmino Teles e Reinaldo Marinho, proprietário da Madeireira São Francisco, por conta de uma sociedade desfeita. De acordo com o relato da acusação, a partir da discórdia gerada pelo contrato, ocorreram os quatro assassinatos.
Através de laudo pericial e da análise de conversas telefônicas interceptadas com autorização judicial, o Ministério Público identificou a função de cada integrante do grupo. Firmino Teles seria o mandante, Sílvio Pereira e Rogério do Carmo os responsáveis pela execução, ?Cabo Pena? o articulador e arquiteto dos crimes e Paulo César teria o domínio de todas as ações do grupo.
Atualmente, os acusados estão presos, com exceção de Claudionor Ribeiro da Silva Alexandre, conhecido como ?Nono?, que está foragido. ?Cabo Pena? está no Presidio Militar do Ceará; Firmino Teles no Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes; Paulo César e Rogério do Carmo estão no Presídio Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II); e Sílvio Pereira no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS).