Exposição “Negro é um rio que navego em sonhos” abre o mês da Consciência Negra na Justiça estadual
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- 03-11-2025
A arte foi escolhida pelo Poder Judiciário cearense para promover reflexões sobre equidade racial durante este Mês da Consciência Negra. A programação começou, nesta segunda-feira (03/11), no Fórum Clóvis Beviláqua (FCB), com a exibição de parte do acervo da exposição “Negro é um rio que navego em sonhos”, que enaltece a cultura afro-brasileira, destacando contribuições históricas e sociais de mulheres negras.
“Estamos unindo duas temáticas: a questão do gênero e a questão da equidade racial para, neste mês de novembro, valorizar mulheres que têm uma história ligada a esses movimentos de liberdade, de afirmação feminina, de representatividade. O Fórum foi escolhido porque é um lugar de muito fluxo e a ideia é tentar despertar a atenção e a reflexão das pessoas que transitam aqui”, explicou a desembargadora Ângela Teresa Gondim Carneiro Chaves, coordenadora do Comitê Gestor de Equidade de Gênero do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
A magistrada visitou a exposição ao lado da diretora do FCB, juíza Solange Menezes Holanda, e de servidoras e servidores da Justiça estadual. As imagens podem ser conferidas, até o próximo dia 28 de novembro, no corredor próximo à entrada principal do Fórum, que fica no Setor Azul.
Ao todo, dez fotografias de mulheres negras, cujas trajetórias foram marcadas pela luta em prol da liberdade no país, compõem o trabalho artístico, sob curadoria de Ana Aline Furtado. Entre as(os) fotógrafas(os) que assinam as obras estão Alexia Ferreira, Blecaute, Cecília Calaça, Clébson Francisco, Darwin Marinho, Roberto Silva, Kulumyn-açu, Luli Pinheiro, Suellem Cosme, Trojany e Wellington Gadelha.
A iniciativa é fruto de parceria entre o Poder Judiciário estadual, através do Comitê Gestor de Equidade de Gênero, da Comissão de Políticas Judiciárias pela Equidade Racial e do FCB, e a Secretaria de Cultura do Estado (Secult-CE), por meio Museu da Imagem e do Som (MIS), que é responsável pela Galeria da Liberdade.
PROGRAMAÇÃO
O Comitê Gestor de Equidade de Gênero do TJCE também promoverá, nesta sexta-feira (07), às 14h, na área da exposição, a roda de conversa “Mulheres de trajetória: Negro é um rio que navego em sonhos”, com a participação de Ana Aline Furtado e da historiadora Cícera Barbosa, coordenadora da Galeria da Liberdade. Aberta ao público, a atividade possibilitará o entendimento dos conceitos por trás das fotografias, discutindo a contribuição das imagens na afirmação de identidades e como elas recontam a história negra em Fortaleza.

Já no dia 19 de novembro, às 8h30, na Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec), será realizada a roda de conversa “Negritude e Masculinidades: Reflexões sobre raça, gênero e equidade”. Nesse caso, a programação é voltada a servidoras(es) e magistradas(os) do Judiciário estadual.
SAIBA MAIS
O Mês da Consciência Negra foi criado para recordar a resistência histórica da população negra diante das desigualdades baseadas no colorismo da pele, celebrar as raízes africanas presentes na cultura brasileira e promover reflexões que fortaleçam o combate ao racismo, ainda enfrentado diariamente pelas pessoas negras (pretas e pardas).
As atividades realizadas durante todo o mês reforçam o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro em homenagem ao líder quilombola Zumbi dos Palmares, morto em 1695. Durante o processo de criação do Movimento Negro Unificado (MNU), em 1978, a data foi definida como marco da luta contra o racismo.

SERVIÇO
Exposição “Negro é um rio que navego em sonhos”
Data: 3 a 28 de novembro
Local: Fórum Clóvis Beviláqua – Nível 0, Setor Azul – Rua Des. Floriano Benevides Magalhães, 220
Roda de Conversa “Mulheres de trajetória: Negro é um rio que navego em sonhos”
Data: 07 de novembro
Horário: 14h
Local: Fórum Clóvis Beviláqua – Nível 0, Setor Azul – Rua Des. Floriano Benevides Magalhães, 220
Roda de conversa “Negritude e Masculinidades: Reflexões sobre raça, gênero e equidade”
Data: 19 de novembro
Horário: 8h30
Local: Esmec
Público-alvo: Servidoras(es) e magistradas(os)



