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Trabalho sensível, como autorização de viagens para menores, ocorre normalmente por meio eletrônico

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Em home office há três meses, Heüvulla Guerra Pinheiro fala sobre suas atividades na área da infância, como se adaptou ao TeleTrabalho e hoje diz que produz mais e melhor

Transformar a sala de casa no ambiente de trabalho tem sido uma experiência positiva para Heüvulla Guerra, que atua na Coordenadoria de Processos Administrativos e Judiciais das Varas da Infância e Juventude do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Servidora do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) há quase 18 anos, ela conseguiu se adaptar à nova rotina logo nos primeiros dias.

“Nunca imaginei que iria trabalhar de casa e que fosse acertar fazer as coisas em outro computador que não fosse o do Fórum. No começo foi um pouco difícil, quando estava na fase de adaptação e instalação dos programas, mas já me acostumei e é bem tranquilo.”

O expediente começa às 8h e vai até 15h, o mesmo de quando atuava presencialmente, e ela inclusive consegue registrar o ponto normalmente em casa. Mas, mesmo após o horário regular, Heüvulla ainda gosta de olhar o e-mail institucional à noite. “É uma opção minha e tenho achado ótimo porque já me programo para o dia seguinte”.

DEDICAÇÃO E SENSIBILIDADE
A servidora é responsável por receber as solicitações de autorização de viagens de crianças e adolescentes, que têm ocorrido de modo exclusivamente eletrônico desde a implantação do regime de TeleTrabalho, no dia 23 de março, em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Apesar da crise sanitária, os pedidos chegam diariamente ao Judiciário cearense.

“Alguns pais são divorciados e moram em cidades diferentes, até mesmo fora do Ceará ou do Brasil e, por algum motivo, a criança acaba precisando mudar de domicílio. Às vezes porque o pai ou a mãe que vive aqui precisa trabalhar e não tem como ficar com a criança em casa, ou então porque perdeu o emprego e se torna mais viável financeiramente mandar para o outro genitor”, explica.

Existem também os pedidos feitos pelo Estado, responsável pela custódia de meninos e meninas incluídos no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte. “São situações bem delicadas e que demandam uma resolução rápida, então nós, servidores, bem como os juízes das Varas da Infância, temos muito cuidado e atenção para autorizar uma viagem. Mesmo em TeleTrabalho, conseguimos atender a maioria dos pedidos em 24 horas, desde o recebimento do e-mail até a análise e autorização, por parte do juiz, e posterior envio para que o solicitante providencie a impressão do documento a ser apresentado na hora da viagem, seja por via terrestre ou aérea.”

O trabalho tem sido mais célere porque Heüvulla consegue se concentrar melhor em casa. Além de se sentir mais produtiva, ela afirma que está perdendo menos tempo. “Não preciso me deslocar, enfrentar congestionamento no trânsito. E na minha casa é bem tranquilo, só tem meu marido e minha filha, que fica estudando no quarto dela, então consigo me dedicar totalmente aos processos administrativos. No home office, você se protege, protege aos outros e produz. Agradeço a Deus por poder servir as pessoas dessa forma”, comemora.

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