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Pistoleiro será trazido ao CE

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02.05.11
Polícia
Quatro assassinatos ocorridos no Interior do Ceará e que estavam com autoria desconhecida – alguns há quase dez anos – poderão ser esclarecidos nos próximos dias. O suspeito de ter praticado as pistolagens, Cleiton Lucena de Lima, conhecido como ´Carlos´, que estava foragido do Estado há quatro anos e foi preso no fim de março último, em Marabá, no Pará, e está sendo trazido para o Ceará. “Inquéritos estão sendo desarquivados com o novo fato e as investigações tornaram a acontecer”, disse o delegado Francisco Carlos de Araújo Crisóstomo, diretor do Departamento de Inteligência Policial (DIP).
Cleiton é conhecido pela Polícia há muitos anos pela prática de crimes de pistolagem na Região do Jaguaribe. Ele é natural de Morada Nova e vivia há alguns anos na Região Norte, usando nome falso. “Ele tinha uma prisão preventiva em aberto, expedida pelo juiz Josias Nunes Vidal, da 2ª Vara de Morada Nova, e acabou sendo localizado durante uma operação que envolvia investigações de sequestros e assassinatos no Pará”, explicou o delegado.
Após a prisão do acusado, o diretor do DIP solicitou à Justiça o recambiamento do preso para o Ceará para que ele possa ser ouvido sobre os diversos crimes pelos quais é acusado.
Segundo Crisóstomo, “a juíza Elizabeth Santos Vale Rodrigues autorizou o procedimento e agora estamos em contato com a Vara de Execuções Criminais de Marabá para trazer o preso para o Ceará o quanto antes”.
Histórico
Dentre os crimes praticados pelo pistoleiro, estão a morte de Edinardo Nogueira de Castro, no dia 31 de março de 2001, em Morada Nova; o assassinato de ´Inácio da Catingueira´ também no bairro Varzantes, em Morada Nova, no dia 22 de abril de 2001 e o assassinato de José Orlando, primo da primeira vítima, em 2001 e também no Município de Morada Nova.
Outro assassinato cuja autoria é atribuída a Cleiton é o de José Cleidimar Vieira, ocorrido em 24 de novembro do ano de 2002, às 23 horas, em uma casa de shows na BR-020. Na ocasião, Cleidimar – que era vaqueiro e tinha 29 anos – foi morto com 20 tiros, durante a realização de uma vaquejada.
Segundo testemunhas relataram à Polícia, na época do crime, dois homens participaram do homicídio. A vítima foi atingida por disparos nas costas, na cabeça; no abdômen, no peito e no braço. “O parceiro de Cleiton neste crime foi o Regivan, pistoleiro natural de São João do Jaguaribe, que já morreu”, revelou o diretor do DIP.
Ainda de acordo com o delegado Crisóstomo, Cleiton foi reconhecido por testemunhas através de fotografias, ainda na época em que o inquérito policial tinha sido instaurado para apurar o caso.
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