“Ler é legal”: uma jornada de conhecimento e autodescoberta para auxiliares de serviços gerais do FCB
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- 17-07-2025
Para além da leitura das páginas de um livro, explorar a cultura também é despertar o poder de refletir, autoconhecer-se, criar oportunidades para si e, assim, impactar os espaços onde atua. É com esse propósito que o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), em parceria com o Comitê Gestor de Equidade de Gênero, promoveu, ontem (quarta) e hoje (17/07), mais uma experiência de aprendizado do projeto pedagógico “Ler é Legal”.
Voltada para os auxiliares de serviços gerais do Fórum Clóvis Beviláqua (FCB), a iniciativa, nesta edição, proporcionou uma visita guiada à exposição “Negro é um rio que navego em sonhos”, em cartaz na Galeria da Liberdade, seguida da imersão no acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS). O roteiro cultural dialoga com o Dia Internacional da Mulher Negra e Caribenha, celebrado em 25 de julho, e buscou fortalecer nas integrantes do projeto os valores de respeito à diversidade, à equidade e à justiça social, contribuindo para a formação crítica e cidadã.
Durante o passeio, as participantes tiveram a oportunidade de, por meio de fotografias, símbolos e da arquitetura do local, compreender histórias que atravessam a vivência negra, bem como foram incentivadas a olhar para o passado, ver o que permanece no presente e pensar para o futuro, como um exercício de liberdade.
De acordo com a diretora do Fórum, juíza Solange Menezes Holanda, o projeto, que inicialmente foi idealizado com foco no estímulo à prática da leitura, tem se ampliado para visitas a espaços como esses, e destaca a felicidade em observar os impactos do trabalho. “É muito emocionante ver alguém abrir os horizontes. É como quando a gente ensina uma criança a ler e testemunha essa primeira leitura. Fico entusiasma de dar continuidade a esse projeto e também de pensar em outros, em ideias que tragam para as nossas servidoras, nossos servidores e para nós, o olhar voltado para a liberdade, para a democracia e para a efetivação de direitos.”

Os frutos também são percebidos ao ouvir quem faz parte da iniciativa. Maria Cezarina Martins, que participa das ações desde o início, conta que agora tem “mais alegria, amor e vigor de viver”, e resumiu a experiência em uma palavra: esperança. “Para mim é muito importante. Eu não quero mais sair do ‘Ler é legal’ porque vi que posso dar um passo maior do que pensei que poderia dar. Nada é impossível”, destacou.
Já para Norma Tomaz, a participação é uma experiência de transformação interna, e fundamental, principalmente, para aprimorar sua comunicação. “É maravilhoso, pois eu me desenvolvi bastante em termos de comunicação. Me sentia muito tímida e inferior com pessoas mais informadas e com mais conhecimento. Agora, já perdi o medo e a timidez de conversar com as pessoas”, comemorou.
PROJETO LER É LEGAL
O projeto oferece mensalmente rodas de leitura com servidores do TJCE, que auxiliam os participantes na leitura, escrita e interpretação de diferentes textos. Ao final de cada ciclo, as alunas e alunos podem retirar livros na biblioteca do Fórum para fazer um resumo durante o mês seguinte, ampliando o conhecimento e o hábito da leitura. Além disso, a iniciativa também promove visitas temáticas e oferece aos participantes oportunidades para expandir seus horizontes culturais e intelectuais.




