Começou nesta quarta-feira (27/08) mais uma edição do Justiça Itinerante, iniciativa do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) que, até sexta-feira (29/08), estará no Vapt Vupt Messejana, das 9 h às 17 h. A ação é realizada pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos e Cidadania (Nupemec) e tem como propósito aproximar o Judiciário da população, oferecendo soluções rápidas, acessíveis e humanas para conflitos do dia a dia, sem a necessidade de iniciar um processo judicial.

Durante os três dias, serão atendidas demandas de vizinhança, cobranças, descumprimento de obrigações e questões familiares, como divórcios, pensão alimentícia, guarda e reconhecimento de paternidade. Também estão sendo realizadas audiências envolvendo concessionárias de serviços públicos, como Enel e Cagece.

Para quem recorre ao Justiça Itinerante, cada atendimento significa muito mais que um ato jurídico: é a possibilidade de virar uma página e dar início a uma nova etapa da vida. Foi assim para o analista de suporte computacional Juarez Silveira Júnior, que aguardava há anos para formalizar o divórcio. “Se você tem pouco tempo para resolver suas questões, o projeto facilita bastante. Fazia muito tempo que queria fazer o divórcio, mas não tinha tempo e a gente vai se acomodando. Aí apareceu essa oportunidade e a gente veio, e vai dar tudo certo”, contou, aliviado por finalmente colocar fim a uma pendência que se arrastava no tempo.

A ex-mulher dele, a costureira Ângela Célia Peixoto Silveira, também aproveitou para resolver a situação que já pesava em sua rotina. “Fui avisada pela atendente, que me trouxe até aqui para fazer o divórcio. O projeto facilita porque sai mais rápido, né? Minha expectativa é sair daqui com tudo resolvido”, elogia.

Para a cuidadora Célia Maria Zifino, a conciliação foi mais do que prática: foi libertadora. “Há muitos anos eu estava tentando formalizar a separação, e agora foi a oportunidade. Essa iniciativa é excelente e rápida: agendei ontem e fui atendida hoje. Estou ansiosa, é só assinar e vou embora já separada do meu esposo. Estou feliz, vou começar uma nova etapa na minha vida”, externou, emocionada.

Cada história contada mostra que a iniciativa é muito mais que uma estrutura instalada em um espaço público: é um ponto de encontro entre o Judiciário e a vida real, onde a Justiça deixa de ser distante e passa a ser companhia. Afinal, cada conciliação é mais do que uma assinatura em um papel — é o início de um recomeço.

 

COMO PARTICIPAR

 

Os interessados podem fazer inscrição clicando AQUI ou presencialmente durante o evento. É necessário apresentar documentos como certidão de casamento, certidão de nascimento dos filhos, comprovante de endereço e outros relacionados à demanda. Caso as partes estejam presentes, a audiência de conciliação pode ocorrer no mesmo dia; se não for possível, será agendada para breve prazo.