O Judiciário cearense, por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), deu início nesta quinta-feira (25/09), a mais uma edição do projeto Justiça Itinerante na Prefeitura de Baturité para atender a população da cidade. A mobilização prossegue até amanhã, dia 26.

Das 9h às 16h30, moradores têm acesso a serviços que, muitas vezes, representam um recomeço: demandas de família, como divórcio, pensão alimentícia, guarda, reconhecimento de paternidade e dissolução de união estável reconhecida em cartório; além de questões cíveis, como conflitos de vizinhança, cobranças, aluguéis, obrigação de fazer e pagar. Também estão sendo oferecidas soluções envolvendo concessionárias e empresas parceiras, como Enel, Cagece, Banco Itaú, Claro e planos de saúde Unimed e Hapvida.

A juíza Jovina D’ávila Bordoni, coordenadora do Nupemec, a destaca a importância da iniciativa. “Essa visita é uma oportunidade de trazermos o trabalho do Tribunal de Justiça, no sentido de dar à população um acesso mais rápido e facilitado a determinados serviços, especialmente na área de família. Também contamos com parceiros como Enel e Cagece, que ampliam as possibilidades de atendimento. A ideia é essa: facilitar o acesso à Justiça e estar mais próximo do cidadão. É importantíssimo, porque as pessoas do Interior também precisam ser acolhidas em suas demandas e necessidades.”

 

 

“JUSTIÇA PERTO DA GENTE”

 

Entre os atendidos, estava o autônomo Francisco Edison de Souza Santo, que buscava resolver um problema com a concessionária de energia. “Viemos porque a Enel colocou o nome da minha esposa e o meu no SPC. Já tínhamos feito um acordo, mas as parcelas ficaram muito caras. Aqui conseguimos iniciar o processo para resolver da melhor forma. Isso é o que a gente estava precisando: um serviço assim, porque procurar a Justiça é difícil e demorado. Agora tenho esperança de que tudo vai se resolver”, contou.

 

Ele ainda lembrou o impacto do problema em outras áreas da vida da família, como a renovação do cadastro do Bolsa Família da esposa, que foi prejudicado pela pendência. Mesmo diante da dificuldade, Francisco saiu confiante. “Fomos bem atendidos e isso é o que o povo precisa: Justiça perto da gente, de forma simples e humana.”

 

 

Mais do que documentos e procedimentos, a Justiça Itinerante leva escuta, acolhimento e dignidade. Em cada atendimento, a esperança é renovada, mostrando que o Judiciário pode estar não apenas nos fóruns e gabinetes, mas também nos lugares onde pulsa a vida do povo.