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Calendário de aulas ainda indefinido

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28.06.2009 Cidade Pág.: 14
Todos os professores das escolas públicas estaduais estarão amanhã em sala de aula normalmente. Foi o que decidiu na última sexta-feira o grupo de professores das nove escolas que ainda estavam de greve mesmo após a suspensão do movimento por parte do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), acontecido no dia 8 de junho.
A decisão foi acertada a partir de uma votação durante assembléia com os professores grevistas do município, na Praça da Bandeira, em Fortaleza. Mas deixou pendente uma série de questões que serão decididas na próxima quinta-feira em uma reunião da Apeoc com a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) e após decisão judicial.
A primeira questão é sobre as férias de julho, que segundo a presidente do Sindicato, Penha Alencar, deve acontecer. ´Tem muitos professores que aproveitam a folga para fazer cursos que são oferecidos exclusivamente neste período de férias. Os alunos não serão prejudicados. No segundo semestre os professores vão reforçar as aulas para recompensar´, explicou ela.
Já o secretário adjunto da Seduc, Maurício Holanda, alega que a proposta da Secretaria é que as aulas prossigam nos meses de julho, agosto e setembro para encerrar o primeiro semestre. ´Essa seria uma forma de os alunos que vão fazer o Enem serem menos prejudicados na prova, tendo concluído pelo menos o primeiro semestre que foi interrompido com 50 dias de aula´, disse ele.
Mas para resolver o impasse de forma democrática, envolvendo todos os interessados, a Seduc e o Sindicato resolveram fazer consultas populares. A Seduc fará a partir de amanhã até quinta-feira uma votação pelo site www.seduc.ce.gov.br, enquanto o sindicato fará nesses dias um abaixo-assinado nas escolas.
´O importante é que independente do resultado estamos decididos a acatá-lo, assim como o sindicato´, acrescentou o secretário-adjunto.
A outra questão a ser resolvida é como fica a situação dos professores que permaneceram em greve. ´Nós estamos atuando junto à Secretaria para ver a dispensa da multa, pois o valor é muito alto, R$ 100,00 por aluno afetado´, ressaltou Penha. Mas segundo Holanda a situação dos manifestantes depende agora de uma decisão da Justiça e do Ministério Público, que já está com a lista dos nomes dos professores. ´Isso vai requerer um certo tempo, mas é importante que os professores tenham uma dimensão do ato que fizeram´, disse.
GREVE
42 dias foi o tempo de duração da greve dos professores que resistiram à determinação judicial e a orientação da Apeoc para voltar às aulas em 9 de junho. Eles retornam à sala de aula amanhã