O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) realizou a cerimônia de premiação das(os) estudantes vencedoras(es) do “Desafio Foca no Direito” nessa segunda-feira (24/11). O evento marcou o encerramento da primeira edição do projeto, que capacitou dezenas de estudantes de Jornalismo sobre a linguagem e o funcionamento do Poder Judiciário, promovendo maior aproximação entre a Justiça e sociedade.

As(os) vencedoras(es) do desafio de cobertura jornalística sobre temas judiciais, que produziram reportagens escritas a partir dos conhecimentos adquiridos durante as capacitações nas universidades, tiveram seus trabalhos reconhecidos com certificação conferida pela Assessoria de Comunicação do TJCE. Os textos serão pulicados no Portal do Tribunal de Justiça do Ceará.

Entre os destaques, Madson Santos, do 8º semestre de Jornalismo da Universidade de Fortaleza (Unifor), conquistou o primeiro lugar com a reportagem “Juizados Especiais como instrumento de desburocratização e humanidade”. Ele compartilha que o projeto foi um incentivo para estudar sobre novas áreas e trazer conhecimento à população. “Quando eu fui desafiado a participar do Foca no Direito, eu fui pesquisar, me debruçar sobre essa área. Entrevistei alguns juízes, advogados e decidi escrever sobre os Juizados Especiais, destacando o processo e a organização e sobre o seu lado humano para acolher a sociedade”.

Os estudantes Ícaro Gonçalves e Bruno Quintino, do 4° semestre também da Unifor, abordaram a temática da Justiça Restaurativa nas comunidades. Para Bruno, que também é formado em Direito, o projeto é uma ponte entre as duas áreas que beneficia a sociedade. “Esse projeto é essencial não apenas para a área de comunicação ou a área jurídica, mas para a sociedade como um todo. São áreas que dialogam, e é por isso que eu consigo entender tão bem a importância dessa iniciativa do Tribunal de Justiça”, frisa o estudante Bruno.

As estudantes do 1° semestre, Nicolle Urano e Helena Gadelha, da mesma instituição, obtiveram o terceiro lugar com o título “Mediação na universidade: como a Unifor se transformou em ponto de acesso à Justiça no Ceará”. “Foi realmente desafiador porque é um tema que a gente não estava acostumada, então ter a experiência de escrever sobre um assunto diferente como esse e descobrir novas áreas do Jornalismo foi realmente diferente e marcante, principalmente com esse reconhecimento pela nossa reportagem”, conta a aluna Helena Gadelha.

A dupla Raimundo Rodrigues Nóbrega e Karla Alvina Meneses Nóbrega, pai e filha que cursam o 5° semestre no Centro Universitário Estácio, também recebeu o reconhecimento pelo trabalho “Democratização da Justiça: como os Juizados Especiais ajudam as pessoas a garantirem seus direitos de forma simples e rápida”. “Eu quis escrever o texto de uma maneira mais simples, para que as pessoas que não têm acesso à linguagem jurídica possam entender. E eu acho que esse tema é muito importante porque a justiça é para todos e realmente todo mundo tem que saber dos seus direitos”, declara a estudante.

O colega de turma e pai, Raimundo Rodrigues Nóbrega, reforça a relevância da produção em uma linguagem simples e acessível. “Eu achei o tema muito pertinente. Porque para toda pessoa que tem consciência dos seus direitos, as coisas ficam mais fáceis. Então é muito importante que todos nós tenhamos conhecimento dos nossos direitos”.

IMPORTANTE CONTRIBUIÇÃO PARA OS ESTUDANTES

O juiz auxiliar da Presidência, Marcelo Roseno de Oliveira, responsável pela Assessoria de Articulação Externa, ressaltou a importância do projeto para a transparência do Judiciário e à formação de profissionais aptos a cobrir as pautas na Justiça. “O Judiciário tem sido cada vez mais protagonista da vida das pessoas, com um acompanhamento mais constante da sociedade em relação àquilo que é decidido. Um projeto como este é importante para construir uma relação cada vez mais profícua entre a imprensa e o Poder Judiciário e garantir uma informação de qualidade para população”.

O juiz que ministrou as palestras para os estudantes, Antônio Edilberto Oliveira Lima, celebrou o sucesso da atividade. “O fechamento desse ciclo revela que a ação foi muito exitosa. A presença nas universidades, com o compromisso dos alunos em cada evento foi muito importante. Ao ver todo o envolvimento dos alunos com a produção dos textos, percebo que o TJCE preencheu um espaço dentro das universidades e vejo isso com muita alegria, não só a iniciativa do Tribunal, mas também a resposta que tivemos dos alunos nas universidades. Para mim foi um grande privilégio participar desse projeto”, disse.

A chefe da Assessoria de Comunicação do TJCE, jornalista Lyana Ribeiro, destacou a essência do trabalho e o empenho da equipe em desenvolvê-lo. “O projeto é fruto da nossa vontade de ajudar os colegas jornalistas ainda em formação e os que estão nas redações a se debruçarem sobre esse tema, compreender e traduzir o complexo universo jurídico para sociedade de forma acessível. O projeto focou em visitar universidades, por entender que o período de formação é crucial para desenvolver um olhar especializado sobre o Direito”.

Como parte da programação, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer a sede Judiciária, como o espaço onde ocorrem as sessões de julgamento do Órgão Especial; e o Memorial do TJCE, que guarda parte do acervo histórico, como documentos manuscritos, fotos, mobília e objetos antigos. Em seguida, as(os) futuras(os) profissionais de Jornalismo visitaram a sala da Assessoria de Comunicação, responsável pela idealização do projeto.

Participaram ainda do evento a presidente da Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas do Ceará, Ângela Marinho; a professora representante da coordenação do curso de Jornalismo da Unifor, Kátia Patrocínio; a coordenadora do curso de Jornalismo da Estácio, Luana Amorim; o jornalista representante da Comissão dos Jurados, Francisco Rosa; a coordenadora de Jornalismo da Ascom, Carolina do Vale e a supervisora do Núcleo de Atendimento à Imprensa da Ascom, Talita Silva, responsáveis pela execução do projeto.