
Vara de Penas Alternativas firma parceria com empresa para ressocializar infratores
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- 23-02-2015
A Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas e Habeas Corpus de Fortaleza (Vepah) firmou parceria com empresas para disponibilizar postos de trabalho a cumpridores de penas alternativas, egressos do sistema carcerário e infratores da Lei Maria da Penha. Os participantes irão passar por entrevista de emprego nesta quarta-feira (25/02), a partir das 9h30, no Fórum Clóvis Beviláqua.
A iniciativa faz parte do projeto Começar de Novo, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que coordena, em âmbito nacional, as propostas de trabalho e de cursos de capacitação profissional para presos e egressos do sistema penal. No Ceará, as ações são coordenadas pela Vepah, que tem à frente a juíza Maria das Graças Almeida de Quental.
A entrevista será promovida pela OS Inteligência, especializada em recrutamento e seleção, para preenchimento de vagas nas empresas Serlares, Alivita e Easy Food (do ramo alimentício) e Conserth (manutenção de cozinhas industriais.
A previsão é selecionar entre 30 e 40 pessoas. Aquelas que não forem chamadas imediatamente farão parte de banco de dados das empresas. Haverá disponibilidade de vagas em Fortaleza, Maracanaú e Caucaia. Os recrutados exercerão atividade remunerada e terão assegurados todos os direitos trabalhistas.
RESSOCIALIZAÇÃO
A Vepah desenvolve atividades socioeducativas com cumpridores de penas alternativas e infratores da Lei Maria da Penha. Os encontros ocorrem a cada 15 dias, no Fórum Clóvis Beviláqua, em parceria com a Pastoral Carcerária do Ceará. A participação dos assistidos se dá por meio de decisão judicial, e as horas são computadas no cumprimento da pena. Já os autores de violência contra a mulher têm sua situação informada ao Juizado da Mulher mensalmente.
O objetivo é sensibilizar os participantes sobre os danos causados pelos delitos cometidos. Para isso são utilizadas dinâmicas, vídeos e debates com temas atuais. A partir das experiências dos apenados, o projeto estimula o rompimento da violência, auxiliando na diminuição dos casos de reincidência criminal e de violência contra a mulher. Dados da Vepah apontam que 80% dos atendidos no projeto não reincidem no crime.