O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Junior, titular da 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, condenou Maria Vitória Alves de Menezes e Priscila Menezes Pontes, mãe e filha, respectivamente, a oito e seis anos de prisão.

De acordo com os autos (nº 0459770-28.2011.8.06.0001), no dia 22 de janeiro de 2011, policiais militares receberam denúncia anônima de que estaria ocorrendo venda de entorpecentes numa residência situada na rua Ivo Rebouças, bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza. No local, os agentes encontraram 1,7 kg de cocaína, a quantia de R$ 25.810,00, balança de precisão e outros materiais utilizados para traficar.

Uma mulher que estava na casa foi encaminhada à delegacia. Em depoimento, ela afirmou que apenas trabalhava no local, como empregada doméstica, e não tinha qualquer envolvimento com os crimes. Porém, disse ter conhecimento de que as proprietárias vendiam drogas.

Maria Vitória, dona do imóvel, e Priscila, filha dela, também foram à delegacia prestar depoimento. Elas confirmaram que moravam na casa mas negaram a prática dos crimes, alegando não saber a quem pertencia a cocaína encontrada pelos policiais.
Ao analisar o caso, no último dia 19, o magistrado destacou que, através dos relatos das testemunhas, ficou comprovado que mãe e filha estavam juntas na venda de drogas.

Ressaltou ainda que, “considerando-se as provas oral, pericial e documental, produzidas nos autos, bem como toda a investigação policial, não pairam dúvidas quanto à autoria delitiva, com relação às rés Maria Vitória Alves de Menezes e Priscila Menezes Pontes”.

Maria Vitória deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado e não poderá apelar em liberdade, pois já é reincidente. Já Priscila deverá cumprir em regime semiaberto. A funcionária da casa, assim como outro filho de Maria Vitória, também denunciados pelo Ministério Público, foram absolvidos por ausência de provas. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico do último dia 21.