
Juiz ouve testemunhas do processo que investiga atropelamento e mortes causados por universitária
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- 14-05-2012
A 3ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua realiza, nesta terça-feira (15/05), às 14h30, a primeira audiência de instrução do processo que investiga a morte de três pessoas, em atropelamento ocorrido na avenida Deputado Paulino Rocha, no dia 17 de março deste ano. A universitária Amanda Cruz da Silva, acusada dos crimes, deverá ser interrogada pelo juiz José de Castro Andrade.
Inicialmente serão tomados os depoimentos de nove testemunhas de acusação, indicadas pelo promotor de Justiça Humberto Ibiapina Lima Maia. Em seguida, deverão ser ouvidas as quatro testemunhas de defesa arroladas pelo advogado Mauro Escórcio.
A estudante Amanda Cruz da Silva está detida no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), a ré, “guiando um veículo automotor, em estado de sonolência e praticando manobras radicais”, causou a morte de Marcilene Silva Maia, de 17 anos, que estava grávida, e da filha dela, Ana Rafaela da Silva Maia, de um ano e sete meses, além do pedestre Alex Nascimento Sousa.
A acusação afirma que, na noite anterior aos crimes, Amanda foi a uma festa, onde teria ingerido bebida alcoólica. Ela deixou o local às 5h e foi dormir na casa de um amigo. Por volta do meio-dia, a acusada saiu conduzindo seu veículo. Ela perdeu o controle do automóvel e acabou atingindo as três vítimas, que caminhavam na calçada.
O promotor sustenta que a ré cometeu três delitos de homicídio qualificado, por motivo fútil, além de aborto sem consentimento da gestante, todos com dolo eventual (em que o agente assume o risco de produzir o resultado). “Não resta dúvida que a acusada agiu com dolo eventual e a futilidade da ação está evidenciada pela vontade mesquinha de fazer peripécias em alta velocidade, para provar uma suposta habilidade ao volante”.
Já a defesa argumenta que Amanda não estava sob efeito de álcool ou qualquer substância toxicológica no momento do acidente, tendo o atropelamento sido uma fatalidade.