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Para novo presidente do STF, é “urgente” repensar Judiciário

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24.04.2010 Política
O substituto do ministro Gilmar Mendes na direção da cúpula do Judiciário brasileiro, ministro Cezar Peluso, conclamou a magistratura do País a refletir sobre a necessidade de “reconstruir” o Poder. A solenidade contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e discurso anticorrupção
Em seu primeiro discurso como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Cezar Peluso conclamou a magistratura brasileira a unir-se em torno “da urgente tarefa“ de repensar e reconstruir o Judiciário.
Como base dessa proposta, Peluso lembrou a importância do papel a ser desempenhado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“O CNJ precisa convencer a magistratura de que somos todos aliados e parceiros da urgente tarefa de repensar e reconstruir o poder Judiciário como o portador das mais sagradas funções estatais e refúgio extremo da cidadania ameaçada“, discursou Peluso.
O novo presidente do STF não escondeu a alegria de ocupar o mais alto posto do Judiciário brasileiro. “Seria difícil traduzir em palavras a intensidade que vivo nesse instante. Foram mais de 15 mil dias desde a primeira comarca no interior de São Paulo até esta cerimônia.“
Peluso escolheu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer o primeiro agradecimento por sua chegada ao comando do STF. Ele é o primeiro ministro indicado por Lula a assumir o comando da Suprema Corte.
“Lealdade“
O novo presidente do STF também lembrou o ex-ministro Menezes Direito, falecido em setembro de 2009, vítima de câncer. Sobre o ministro Gilmar Mendes, a quem sucede na presidência, Peluso disse ter servido com “lealdade e ética retilíneas“ todas as ações adotadas.
“As conhecidas e bem-sucedidas inovações que introduziu de modo marcante explicam a inédita aprovação manifestada em editoriais dos mais importantes jornais do país“, elogiou Peluso.
Combate à corrupção
Durante a posse, o ministro Celso de Mello, o mais antigo da corte, lamentou as práticas de corrupção difundidas entre as autoridades brasileiras. Para ele, há uma inversão de valores na vida pública. “Nem sempre tem ocorrido a desejável convergência entre ética e política ao longo do processo histórico brasileiro“, disse Mello.
O ministro defendeu o combate à corrupção pelo Judiciário, e ressaltou que é direito do cidadão ter um governo honesto. “A ordem jurídica não poder permanecer indiferente a comportamento de quaisquer autoridades de República que hajam incidido em censuráveis desvios éticos no desempenho de suas funções“, justificou. (das agências de notícias)