
Neta do jurista Clóvis Beviláqua visita Memorial do Poder Judiciário
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- 05-11-2013
O Memorial do Poder Judiciário, localizado no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), no Cambeba, recebeu, na tarde desta terça-feira (05/11), a visita de Maria Cecília Beviláqua de Paiva, neta do jurista Clóvis Beviláqua.
Ela mora no Rio de Janeiro e visitou o Memorial por ocasião de sua passagem por Fortaleza. Na ocasião, estava acompanhada da sobrinha bisneta do jurista, Lúcia Soares Rubim, que reside na Capital cearense. Elas foram recepcionadas pela assessora institucional do TJCE, Márcia Morais Ximenes Mendes, e pelo técnico judiciário e historiador João Franklin.
Cecília Beviláqua elogiou a preservação do acervo que pertenceu ao avô. “O Tribunal está de parabéns pelo cuidado e zelo que tem com todas essas peças”. Estão expostos guarda-roupa, cama, escrivaninha, roupas, caneta em ouro, original do projeto do Código Civil de 1916, fotografias, cartas, convites, telegramas, pareceres, livros, esboços de projetos jurídicos, entre outros.
Ela se emocionou ao ver o chapéu usado por Clóvis Beviláqua. “Na minha infância, quando eu queria ter uma boa ideia, colocava o chapéu dele e sentava em sua mesa ou deitava na cama e, por incrível que pareça, as ideias vinham”, lembrou.
Maria Cecília afirmou que o avô era um homem tranquilo, de voz suave, tímido e gostava de viver próximo a plantas e animais.
CLÓVIS BEVILÁQUA
O jurista nasceu em 4 de outubro de 1859, no Município de Viçosa do Ceará, distante 366 km de Fortaleza. Graduou-se bacharel pelo Faculdade de Direito de Recife e iniciou a vida profissional na cidade de Alcântara, no Maranhão, como promotor público. Também foi legislador, professor e historiador brasileiro.
Foi autor do projeto do Código Civil brasileiro, de 1916, consultor Jurídico do Ministério das Relações Exteriores durante 28 anos, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e membro do Instituto Histórico e Geográfico.