Polícia Pág. 08 27.11.2009
Militares participaram da ação que deixou um empresário espanhol paraplégico, ferido por tiros da Polícia, em 2007
Dez PMs, denunciados pelo Ministério Público Estadual por crime de tentativa de homicídio qualificado, na ação desastrosa que deixou paralítico o turista espanhol Marcelino Ruiz, em setembro de 2007, foram interrogados, ontem pela manhã, na 2ª Vara do Júri da Capital, pelo juiz de Direito Henrique Jorge Holanda da Silveira. Os depoimentos tiveram início às 9 horas e a Imprensa não teve acesso à sala onde estavam os policiais e seus advogados.
O criminalista Delano Cruz, que representa a defesa de quatro dos 10 PMs, disse que irá tentar a desqualificação do crime, de tentativa de homicídio para lesão corporal. Já a promotora Joseane França Pinto, representante do MP no processo, foi mais cautelosa. Ela explicou que o interrogatório é o momento para a manifestação do direito de autodefesa dos réus. “Depois disso, a perícia técnica será apreciada, bem como todo o conjunto probatório”.
Imagens
Os advogados Leandro Vasques e Holanda Segundo, também acompanharam os interrogatórios na qualidade de assistentes da acusação. “O vídeo que mostra a ação dos PMs (perseguindo o veículo onde estava a vítima) dispensa prova testemunhal. As imagens valem mais que qualquer testemunha”, avaliou Leandro Vasques. A audiência se prolongou até a noite.
Foram denunciados, Francisco Emanuel Rodrigues Felipe, Francisco Elmior de Sousa, Luís Ari da Silva Barbosa Júnior, Antônio Liberato Dias Neto, Francisco Elói da Silva Neto, Marcelo Lima Alves, Antônio Eduardo Martins Maia, Francisco Edenildo de Lima, Rinaldo Carmo Sousa e Marcos Antônio da Silva.