A experiência do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) com a integração do Sistema de Análise e Resumo de Ações (Sara) ao Processo Judicial Eletrônico (PJe) foi apresentada durante o I Encontro Nacional de Tribunais Usuários de PJe sobre Inteligência Artificial (IA). O evento se encerrou nesta sexta-feira (22/08), na sede do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), em Brasília/DF.

O Poder Judiciário cearense foi representado pelo desembargador José Tarcílio Souza da Silva, presidente da Comissão de Informática do TJCE e supervisor do Comitê Gestor da Inovação e do Comitê Gestor do PJe.

“Esse importante encontro foi idealizado pelo TJDFT no sentido de apresentar soluções e estabelecer parâmetros das ferramentas de Inteligência Artificial aplicadas ao PJe, alinhados às diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Essa troca de experiências entre tribunais é vital para evolução dos sistemas de automação (IA Generativa), garantindo resultados positivos e reduzindo riscos operacionais/jurídicos, bem como incrementando indicadores de produtividade, sem perder de vista os requisitos de segurança”, salientou o desembargador.

A apresentação da boa prática do TJCE foi conduzida por Miguel Mota, diretor Executivo Negocial do PJe, e João Marcos de Carvalho, da Coordenadoria de Sustentação e Monitoramento de Automações Inteligentes. Presente, ainda, Gilberto George, da Gerência de Sistemas do PJe/TJCE.

“Foi muito importante compartilharmos essa experiência de integração da ferramenta Sara ao PJe nesse encontro que contou com cerca de 20 Tribunais. Abordamos a metodologia utilizada e os aspectos técnicos da integração. A iniciativa foi bastante elogiada e despertou o interesse de vários participantes, inclusive do presidente do TJDFT, desembargador Waldir Leôncio Júnior”, afirmou o diretor Executivo Negocial.

 

 

Iniciado nessa quinta-feira (21), o encontro foi destinado a profissionais do Judiciário que atuam na área de tecnologia da informação e pessoas interessadas em Inteligência Artificial. A programação contou com palestras e oficinas, além das apresentações das boas práticas, abordando temas como ⁠arquiteturas e integrações de PJe; padronização e qualidade de dados; ética e segurança jurídica. O objetivo foi promover debates sobre soluções, ferramentas, plataformas e modelos de governança aplicáveis à inteligência artificial no contexto judicial.

SAIBA MAIS

A ferramenta Sara lê uma série de peças alimentadas no PJe, faz a análise e gera relatórios processuais com um resumo desse conjunto de peças. O Sistema foi desenvolvido no âmbito do programa Cientista Chefe, em parceria com a Universidade de Fortaleza (Unifor), e integra a estratégia de transformação digital do TJCE. Essa iniciativa faz parte do Programa de Modernização do Judiciário Cearense (Promojud), que já disponibilizou várias novas soluções tecnológicas para aprimorar a rotina de trabalho de magistradas(os) e servidoras(es). A ferramenta também atende à Resolução nº 615/25, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece diretrizes para o desenvolvimento, uso e governança de soluções com IA no âmbito do Judiciário.