Olhares atentos e curiosos. Era essa a expressão que se desenhava nos rostos de magistrados e servidores do Judiciário cearense diante de cada obra exposta no Museu da Fotografia Fortaleza (MFF). A manhã dedicada à arte, à técnica e à sensibilidade marcou mais uma edição do projeto Esmec Artes, iniciativa da Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec) que reafirma a arte como instrumento formativo essencial ao desenvolvimento humano, interpretativo e ético no âmbito da Justiça.

Realizada neste sábado (13/12), a programação reuniu visita guiada e oficina de fotografia, proporcionando uma experiência que ultrapassa os limites tradicionais da formação acadêmica. Para a diretora da Esmec, desembargadora Joriza Magalhães Pinheiro, a proposta fortalece o olhar sensível necessário à prática jurisdicional.

“Este é um momento especial, que vai além do aprendizado em sala de aula. É uma oportunidade de encontro, sensibilização e interação, potencializada pelo contato com a arte. O Esmec Artes já possui uma trajetória de ações diferenciadas, mas, neste ano, propusemos algo novo: ver e fazer arte. Trata-se de uma experiência que nos permite extrair mais humanidade de nós mesmos, ampliando a visão que levamos para nossas atividades profissionais e para a vida. É também uma oportunidade de confraternização e de reflexão, ao final de mais um ano, sobre novos olhares para o mundo”, destacou.

Entre os participantes, o servidor Felipe Melo, lotado na Central de Mandados da Comarca de Fortaleza, ressaltou a ampliação de perspectivas proporcionada pelas atividades. “Essa ação do Tribunal é muito importante. Já tivemos um curso básico de fotografia e, agora, essa vivência no museu. É fundamental que o Judiciário valorize as artes e promova experiências culturais para seus servidores”, afirmou.

A oficina de fotografia com dispositivo móvel foi conduzida pela instrutora Laila Marques, que apresentou regras e técnicas de composição aplicáveis tanto a celulares quanto a câmeras digitais. “Foi uma manhã extremamente produtiva. Os participantes demonstraram grande interesse, e a expectativa é que esse novo conhecimento se traduza em belos registros. Ficamos satisfeitos e aguardamos novas turmas”, avaliou.

Ao longo do encontro, os participantes aprofundaram a compreensão sobre educação visual e letramento estético, estimulando a criatividade e o espírito de inovação. A experiência integrou teoria, prática e vivência em três momentos complementares: a Oficina de Fotografia, voltada à análise crítica do olhar; a visita guiada ao Museu, com mediação e leitura coletiva das imagens; e uma conversa reflexiva sobre arte, sociedade e direito, destacando a arte como ferramenta de empatia e apoio à tomada de decisões.

Iniciativas como a oficina e a visita guiada fortalecem competências associadas à chamada imaginação jurídica, conceito que contribui para uma compreensão mais profunda do direito e de suas aplicações concretas, favorecendo decisões mais eficazes, humanas e justas no âmbito do Tribunal de Justiça do Ceará.

O Esmec Artes integra a política institucional de promoção cultural no Judiciário estadual e, em sua edição 2025, contempla ainda exposições como “Tudo poderia ser um sonho” e “Cangaço: uma jornada pelo Sertão”, reafirmando o compromisso do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) com a formação integral de magistrados e servidores, onde arte, sensibilidade e justiça caminham juntas.