Desembargadora Maria do Livramento Alves Magalhães se despede da Justiça cearense após 38 anos dedicados à magistratura
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- 17-09-2025
“Tudo tem um propósito, e o meu propósito aqui na magistratura está chegando ao final e, assim, eu vou prosseguir com outros. Vou redespertar”, destacou a desembargadora Maria do Livramento Alves Magalhães, na última sessão do Tribunal Pleno que participou como integrante do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). No próximo dia 22 de setembro, a desembargadora encerra a carreira de 38 anos dedicados à magistratura. Nesta quarta-feira (17/09), participou da última sessão da 6ª Câmara de Direito Privado, em que foi presidente.
Nesta ocasião, integrantes do colegiado e outros colegas prestaram homenagens à magistrada. Estiveram presentes na sessão os desembargadores José Tarcílio Souza da Silva, Jane Ruth Maia de Queiroga, Paulo Airton Albuquerque Filho, Everardo Lucena e Carlos Alberto Mendes Forte. Também participou da homenagem o presidente do TJCE, desembargador Heráclito Vieira de Sousa Neto.
“A Livramento tem o dom de simplificar coisas difíceis, complexas. Tem esse cuidado com qualquer processo, ela está atenta a tudo. É o tipo de magistrada extremamente detalhista, perfeccionista e focada no melhor resultado. Isso é muito raro e difícil de encontrar. No auge da sua capacidade, em todos os aspectos, ela sai da magistratura. Mas sei que ela vai iniciar um novo ciclo e traçar objetivos para continuar trazendo conhecimento, com a capacidade, com a inteligência e com a sensibilidade para a vida que tem”, ressaltou o presidente.
Também marcaram presença o filho da desembargadora, Paulo Roberto Magalhães Feitosa, e a nora, Carla Dandara Pinheiro Alexandrino. Na sessão, Paulo Roberto falou sobre o momento de transição que a mãe está passando, já que acompanhou toda a sua carreira. Na última sessão do Pleno, ele enviou uma carta, lida pela desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira. “Ao aproximar-se da aposentadoria, a desembargadora Maria do Livramento encerra uma etapa que não é um fim, mas uma justa e honrosa coroação de uma vida devotada à magistratura e ao serviço público. Em cada ato, em cada decisão e em cada gesto, deixa a marca do equilíbrio, da sensatez e da generosidade, dentro e fora deste tribunal”, disse.

TRAJETÓRIA
Ingressando na magistratura em 5 de novembro de 1987, a juíza Maria do Livramento Alves Magalhães iniciou a carreira como juíza substituta na Comarca de Cariré. No Interior, ainda atuou como titular nas comarcas de Cedro e Baturité.
Em 1996, foi promovida para a Capital, como titular do então 19º Juizado Especial Cível e Criminal (JECC) de Fortaleza, pelo critério de merecimento. Lá, permaneceu por 23 anos, quando foi eleita desembargadora, em janeiro de 2020.
Na ocasião, a magistrada inovou ao solicitar para assumir as funções no mesmo dia da eleição, diferente do que ocorre normalmente, em que a posse é reservada para um dia solene.
Em 2016, a desembargadora já havia sido convocada para compor o Tribunal de Justiça, na 3ª Câmara de Direito Público. Atualmente, estava integrando a recém-criada 6ª Câmara de Direito Privado.



