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Tucano critica a morosidade

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10.09.2009 Política Pág.: 05
O adiamento da reforma do Estádio Presidente Vargas (PV), notícia divulgada ontem, no Diário do Nordeste, causou reclamações por parte de alguns parlamentares na Assembléia Legislativa, principalmente dos tucanos, que criticaram o atraso no lançamento do edital de licitação da reforma, protelando o início da reforma do PV.
Para o deputado Luiz Pontes (PSDB), que levou o assunto à tribuna da Casa, na sessão ordinária de ontem, o que está motivando o atraso nas obras do Presidente Vargas é a incompetência administrativa da prefeita Luizianne Lins.
Ele aponta que o estádio está esperando por uma reforma há dois anos, mas nada foi feito para devolver a praça esportiva ao futebol cearense. Agora, com a escolha de Fortaleza para ser uma das sub-sedes da Copa de 2014, a situação pede mais urgência, o que segundo o parlamentar, não está sendo seguido pela Prefeitura.
Interditados
Luiz Pontes defende ser uma “utopia” por parte da administração municipal querer demolir o PV e construir outro estádio, alegando que uma reforma seria a melhor saída, posto que é um procedimento menos demorado. Isso porque, pontuou o deputado tucano, o Castelão também passará por reparos e desse modo, corre o risco dos dois estádios da Capital cearense estarem interditados, ao mesmo tempo, atrapalhando a realização dos jogos dos vários times cearenses.
Luiz Pontes ainda alegou que o motivo para o atraso no lançamento do edital, no caso a tomada de preços do Rio de Janeiro não faz sentido. Conforme informou matéria deste jornal, a empresa contratada para elaborar o projeto orçou em R$ 52 milhões a obra, mas os valores não eram reais, pois os arquitetos utilizaram preços do Rio de Janeiro, sendo apresentada nova conta somando um total de R$ 35 milhões.
“Ou querem fazer o povo de besta ou pensam que somos imbecis”, disse o parlamentar para, em seguida indagar: “como orçam um projeto e dizem que o orçamento está errado porque os preços são do Rio de Janeiro?”. O deputado teme que esse tipo de procedimento acabe ocasionando a retirada de Fortaleza na lista das sub-sedes da Copa de 2014.
Ele pondera que uma saída seria entregar tal reforma para o Departamento de Edificações e Rodovias (DER), que segundo o tucano, havia prometido realizar a reforma do estádio em três meses. Os deputados Fernando Hugo e Vasques Landim, ambos do PSDB, também se mostraram preocupados com a possibilidade de os times cearenses terem que se deslocar para estádios do Interior para realizarem seus jogos, pois acreditam que Castelão e PV ficarão interditados na mesma época.
Em defesa o deputado Artur Bruno (PT) garantiu que o PV estará disponível antes de serem iniciadas as obras no Castelão. Ele argumentou que é muito melhor a Prefeitura fazer uma obra completa.