Conteúdo da Notícia

Testemunhas da morte da estudante da Uece prestam depoimento

Ouvir: Testemunhas da morte da estudante da Uece prestam depoimento

A 4ª Vara do Juri, do Fórum Clóvis Beviláqua, realizou, na manhã desta quinta-feira (17/09), a primeira audiência de instrução do processo que apura a morte da universitária Francisca Nádia Nascimento Brito, morta por um disparo, após briga entre torcidas no dia 15 de abril deste ano. Está sendo apurado se o tiro partiu da arma do policial militar Francisco Carlos Barbosa.
Cinco testemunhas arroladas pela acusação foram ouvidas em juízo: José Renner de França Silva, que acompanhava a estudante no momento do acontecido; Valdez Benício de Brito, motorista do carro que socorreu a vítima; Francisco Lucino de Oliveira, proprietário de um bar localizado nas proximidades do local do crime; José Evanilson de Holanda e Maria Aldenisa Girão, que também presenciaram o episódio. Eles prestaram depoimento perante o juiz José Barreto de Carvalho Filho, titular da 4ª Vara do Júri, e o promotor de Justiça, Alcides Jorge Evangelista.
Além deles, outras duas testemunhas foram arroladas pelo Ministério Público e, como não compareceram ao Fórum, serão ouvidas na audiência marcada para o dia 14 de outubro, às 9h30. Posteriormente, serão colhidos os depoimentos das testemunhas de defesa, ainda sem data definida.
A tese sustentada pelo advogado do réu, Michel Rayol, é de que o policial estava no estrito cumprimento do dever legal, pois apenas teria revidado atirando contra um grupo de torcedores que apedrejavam a topic da linha 05 em que se encontrava. Segundo ele, o tiro atingiu a nuca da estudante acidentalmente. Francisca Nádia encontrava-se próximo a uma parada de ônibus onde ocorreu o tumulto.
Francisco Carlos se apresentou espontaneamente na delegacia, um dia após o fato. Ele responde ao processo em liberdade e está sendo acusado de ter praticado crime de homícidio duplamente qualificado, por motivo fútil e por ter impossibilitado a defesa da vítima.
O relato das testemunhas revelou que os conflitos entre torcidas organizadas é comum na avenida Dedé Brasil, local do crime, após a realização de jogos de futebol no estádio Castelão.