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Recursos travam os processos

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29/07/2010
O promotor da Vara de Auditoria Militar, Joathan de Castro Machado, diz que a justificativa para tanta demora no avanço dos processos é a própria estrutura do Poder Judiciário. ?É a estrutura das leis brasileiras, com uma infinidade de recursos, muitas vezes de natureza protelatória?, continua. Na Polícia Militar, a explicação para o tempo entre o início dos procedimentos internos de disciplina e uma decisão sobre a exclusão dos policiais é a demanda elevada na assessoria jurídica do órgão. Além, assim como na Justiça comum, dos recursos de defesa dos policiais no decorrer do processo. ?O advogado entra com recurso, pede novas testemunhas. Se alguma das etapas for negada, pode ser dito que foi cerceada a defesa?, acrescenta o relações públicas da PM, major Marcos Costa.
O advogado Delano Cruz representa quatro dos dez policiais envolvidos no caso da Hilux e o capitão Daniel Gomes Bezerra. Em relação aos primeiros, ele adianta que irá recorrer, caso a decisão do juiz for por júri popular. O objetivo da defesa é que o processo vá para Vara de Auditoria Militar e que o crime não seja caracterizado como tentativa de homicídio. ?Se houvesse intenção de matar, seria competência da Vara do Júri?, completa. No caso do capitão Daniel, o advogado trabalha para que o policial seja julgado por homicídio simples, e não qualificado. Delano Cruz também defende que o júri popular seja realizado em Fortaleza, não em Iguatu. ?Lá existe uma
comoção muito grande?, justifica. (LL)