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Professores voltam às aulas

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09.06.2009 Cidade Pág.: 11
Os professores da rede estadual do Ensino começaram a retornar ao trabalho desde ontem. Segundo a presidente do Sindicato Apeoc, Maria da Penha, o fim da greve começou pelas cidades do Interior e hoje o retorno às aulas será inteiramente normalizado na Capital.
A recomendação de encerrar a greve foi adotada pela entidade tão logo recebeu a comunicação oficial de que a Justiça decretou a ilegalidade do movimento. ?Recebemos a comunicação por volta das 11h30 de hoje (ontem). E decidimos suspender a greve?, disse. A continuidade do movimento poderia implicar no pagamento de multa de 10 mil reais ao dia pela Apeoc, e ainda de R$ 100 por cada professor sem dar aula.
Contudo, a presidente da Apeoc adiantou que a entidade dará entrada em Agravo de Instrumento no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), visando à garantia do direito a realização da greve da categoria. ?Esperamos que seja julgado com urgência, da mesma forma como aconteceu com a ilegalidade?, observou.
Ressaltou que foram adotadas todas as medidas jurídicas exigidas pela Lei de Greve, tais como: convocação por edital da Assembléia Geral através de jornal de grande circulação; elaboração de atas das Assembléias que decidiram pela deflagração ou continuidade da greve; formalização de aviso prévio de greve ao Ministério Público, tendo atendido, inclusive, todas as demandas requisitadas pelo MP.
Ao todo, são 22 mil professores da rede estadual, dos quais oito mil estão em Fortaleza. Desde setembro do ano passado, a categoria vem negociando o pagamento da progressão, gratificação que só foi paga em setembro de 2008 em forma de abono. ?Não tivemos mudança de nível?, queixou-se Penha, esclarecendo que o reajuste reivindicado é de 19%, já que as perdas chegam a 50%.
Município
Os servidores da rede municipal de saúde, que se reuniram, ontem à noite, para deliberar sobre a última proposta da Prefeitura de Fortaleza, votaram contra e decidiram prosseguir com a paralisação. A representante dos servidores em saúde, diretora do Sindicato dos Enfermeiros, Fideralina Teixeira, afirmou que os votos contra somaram dois terços dos presentes.
O Município tinha oferecido um calendário de pagamentos atrasados de insalubridade, além de pedir a formação de uma comissão para negociar um reenquadramento dos profissionais de nível superior no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
A negociação, intermediada pelo Ministério Público, pedia também que os servidores em saúde do município dessem uma trégua na paralisação até o dia 24 próximo. Hoje, os servidores comparecerão a uma audiência pública, que será realizada, às 14h, na Câmara.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort), Nascélia Silva, haverá, às nove horas, uma assembléia geral de servidores, além de uma manifestação na Praça do Ferreira. ?Nós almoçaremos por lá e decidiremos os rumos da greve?, afirmou.
Também não houve mudanças em relação aos servidores da AMC, que realizaram assembléia ontem e decidiram esperar mais um pouco. Como a presidência da autarquia mudou, assumindo Fernando Bezerra, os servidores ficaram de combinar hoje pela manhã para quando será a data de um primeiro encontro com o novo dirigente do órgão.