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PF e MPE apuram irregularidades

Ouvir: PF e MPE apuram irregularidades

11.03.2010 política
Até o início da noite, na Polícia Federal, membros da quadrilha eram ouvidos com a presença de membros do MPE
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Estadual (MPE) deflagraram, na manhã de ontem, mais uma operação que investiga desvio de aproximadamente R$ 30 milhões em recursos públicos de vários municípios cearenses e órgãos da estrutura administrativa do Governo do Estado. A Operação Província tem o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudar licitações públicas e desviar dinheiro de obras pagas com o dinheiro do contribuinte.
Não foram divulgados nem o número de prisões efetuadas, nem o material apreendido nas empresas, no cumprimento de mandados realizado ainda na manhã de ontem. O trabalho foi realizado em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), Receita Federal, Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Estado. Esta ação foi um desdobramento da Operação Gárgula, também realizada pela Polícia Federal, em dezembro do ano passado para investigar uma rede de corrupção ativa e passiva que atuava no favorecimento de empresas em obras públicas municipais.
Empresas
Segundo a assessoria de comunicação do Ministério Público Estadual, a organização criminosa, ora investigada, constituiu pelo menos seis empresas menores apenas para servirem de fachada para a Falcon Construtora e Serviços Ltda. A atuação de todas as empresas juntas, frustrava o caráter competitivo das licitações, porque todas atuavam em um mesmo certame, tornando-o desigual.
Segundo o Ministério Público, todas as sete empresas estão interligadas pelo parentesco de seus sócios ou mesmo por vínculos próximos entre eles. As investigações descobriram também que o proprietário das empresas pagava uma quantia mensal a pessoas mais humildes para abrir empresas em nome delas.
No cumprimento do mandado de busca e apreensão na sede da empresa Falcon, foram apreendidos diversos selos de autenticação e reconhecimento de firma, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Ceará para o cartório do distrito de Juá, em Irauçuba, que estavam sendo usados para dar fé pública a documentos falsificados utilizados pelas empresas investigadas, cuja escrevente do cartório sabia do esquema.