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Justiça nega pedido da defesa dos PMs

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06.03.2010 polícia
Os advogados dos réus pediram novas diligências. O juiz negou e, agora, aguarda as alegações finais
O juiz titular da 2ª Vara do Júri, Jorge Henrique Holanda Silveira negou o pedido de novas diligências, feito pelos advogados dos dez policiais militares acusados de participar da ´ação desastrosa´, que deixou o espanhol Marcelino Ruiz Campelo, 40, paraplégico e feriu sua mulher Maria del Mar Santiago, 39, além de Inocenzo Brancatti, 41, e a brasileira, Denise Campos Brancatti, 35. O fato, ocorrido no dia 26 de setembro de 2007, na Avenida Governador Raul Barbosa, na Aerolândia, ficou mundialmente conhecido como o ´Caso Hilux´.
Após a fase de oitiva das testemunhas de acusação e de defesa e dos réus, a defesa dos militares requereu junto ao magistrado Henrique Jorge que autorizasse a realização de novas diligências para o caso.
Os pedidos foram refutados pelo Ministério Público e pelos advogados e assistentes da acusação, Leandro Vasques e Holanda Segundo. Posteriormente, os pedidos foram negados pelo juiz do caso.
Entre os requerimentos encaminhados pela defesa à apreciação da Justiça, estavam um pedido de informações junto a Polícia Federal sobre o vida pregressa da vítima, o que foi considerado, “no mínimo deselegante”, pelo advogado Leandro Vasques. “Eles são as vítimas”.
A reconstituição do crime também foi outra solicitação da defesa, assim como a oitiva de uma testemunha, que teria realizado a ligação para a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), sobre o roubo do caixa eletrônico.
Sobre a reconstituição, Vasquez afirmou que é “um pedido descabido”, pois, segundo ele, a abordagem foi filmada, o que dispensa a simulação dos fatos. “Quanto a ouvir a testemunha, eles tiveram toda a fase de instrução e não solicitaram isso”.
O juiz Henrique Jorge Silveira considerou os pedidos preclusos, ou seja, fora do prazo. Para Vasques, a atitude da defesa visa apenas “atrasar o andamento do processo”.