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Advogados faltam na última audiência

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06.03.2010 políca
Treze dos 16 réus do processo que investiga o sequestro de um estudante de 17 anos, ocorrido em junho de 2008 em um colégio da área nobre de Fortaleza, estiveram ontem em audiência na 12ª Vara Criminal do Fórum Clóvis Beviláqua. Tratava-se da última audiência de instrução do processo, que estava marcada para as 13 horas mas só começou três horas depois porque alguns dos advogados de defesa não compareceram ou pediram o adiamento da audiência.
A juíza Maria Ilna Lima de Castro, titular da 12ª Vara, decidiu realizar a oitiva dos acusados porque, segundo ela, “não havia motivo para marcar uma nova data”. A magistrada nomeou novos advogados para substituírem os faltosos. Até a noite de ontem a audiência prosseguia, a portas fechadas. O acesso da Imprensa ao local não foi permitido.
A polêmica que envolve a soltura e posterior prisão dos acusados de sequestro ganha novos capítulos a cada dia. A decisão que libertou os acusados, fundamentada no excesso de prazo da instrução processual, contemplou, entre outros, o soldado PM Solonildo de Oliveira da Costa, Francisco Eriverton Amaro Honório, Francisco Ediverton Amaro Honório, irmão de Eriverton, Francisco Márcio Teixeira Perdigão e Alexandro de Sousa Ribeiro, o ´Alex Gardenal´, conhecido por supostas participações em assaltos a instituições bancárias e carros-fortes.
Avaliação
A libertação dos réus foi baseada no que a lei estabelece para a instrução processual. Porém, o promotor Evilázio Alexandre, nomeado pela procuradora geral Socorro França para auxiliar a promotora da 12ª Vara, Edna Lopes Costa, argumentou que, pela complexidade do caso e pelo fato de o crime ser hediondo, o prazo deveria ter sido desconsiderado.