A 1ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua remarcou, para às 13h30 do dia 6 de abril de 2010, o julgamento do réu Antônio Pereira Feitosa, acusado de matar Paulo Gino Rocha. O motivo do adiamento foi o não comparecimento, devido a problemas de saúde, do defensor público Ian Mendonça Gomes.
Antônio Pereira responde por homicídio qualificado, com utilização de recurso que tornou impossível a defesa da vítima. O julgamento seria realizado às 13h30 desta terça-feira (23/03).
O crime
De acordo com a denúncia do Ministério Público, réu e vítima eram amigos e, no dia do crime, em 19 de fevereiro de 1990, os dois estavam em um bar situado na avenida Dedé Brasil, no bairro Serrinha, em Fortaleza. Após algumas horas ingerindo bebidas alcoólicas, eles se desentenderam por causa da conta. Segundo testemunhas, Paulo Gino não queria pagar sua parte. Os dois chegaram a discutir, mas não trocaram agressões físicas porque foram contidos por pessoas que estavam no local.
Após a discussão, Paulo Gino saiu do bar e, sem perceber, foi seguido pelo réu. Depois de caminhar alguns quarteirões, foi surpreendido pelo acusado, que portava uma faca. A vítima tentou correr, mas acabou caindo e sendo alcançada por Antônio, que lhe desferiu várias facadas, provocando a sua morte. Em seguida, Antônio Pereira fugiu, tendo se apresentado à polícia três meses depois.
O réu já foi submetido a três julgamentos, mas a defesa recorreu da decisão e todos foram anulados. No último julgamento, realizado em 2003, ele foi condenado a 13 anos de prisão em regime fechado, mas teve recurso apelatório aceito pelo Tribunal de Justiça, com o argumento de que a decisão dos jurados foi contrária à prova dos autos.
O julgamento será presidido pelo juiz auxiliar Raimundo Deusdeth Rodrigues Júnior, que responde atualmente pela 1ª Vara do Júri. A acusação ficará a cargo do promotor Francisco Marques Lima, enquanto a defesa ficará sob a responsabilidade do defensor público Ian Mendonça Gomes.