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Juiz ouve réus e testemunhas sobre homicídios  de policial e de idoso de 83 anos

Juiz ouve réus e testemunhas sobre homicídios de policial e de idoso de 83 anos

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O Juízo da 2ª Vara Criminal de Fortaleza realizou, nessa segunda-feira (27/06), o interrogatório dos acusados das mortes de um idoso e um policial militar do Batalhão de Policiamento de Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio). Gabriel Alves de Lima e Francisco Jardeson Martins da Cruz foram interrogados em audiência presidida pelo juiz Antônio José de Norões Ramos, titular da unidade judiciária.
As vítimas são o policial Augusto Huebster Rabelo Félix, de 27 anos, e o idoso José Vilemar de Freitas, de 83 anos. Ainda na sessão, nove testemunhas de acusação e duas de defesa prestaram depoimentos. Agora o processo aguardará o cumprimento de diligência, solicitada pela defesa do réu Gabriel, para que a Vara oficie o delegado responsável pelo inquérito, requisitando exame residuográfico.
Segundo os autos (nº 0111744-96.2016.8.06.0001), Félix foi executado por Gabriel com vários tiros (sete somente na cabeça), por volta das 6 horas do dia 12 de fevereiro deste ano, no bairro Planalto Pici, em Fortaleza, durante tentativa de roubo. Na ocasião, o comparsa Bruno de Barros foi morto com um tiro pelo policial.
Após a ação, Gabriel deixou o local em uma moto (cedida por Jardeson, que é primo de Bruno), levando a arma do policial. Em seguida, invadiu um mercadinho no bairro Jardim Iracema onde atirou contra o idoso José Vilemar. Desta vez, Gabriel fugiu levando R$ 100,00 e foi para casa de Jardeson a fim de devolver as armas utilizadas nos crimes.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), além de ceder a motocicleta, roupas e calçados para a ação criminosa, Jardeson alugou os dois revólveres pela quantia de R$ 200,00 e exigiu recompensa financeira a Gabriel pelo aluguel das armas.
A moto foi encontrada no mesmo dia, no Município de Caucaia. Gabriel foi preso em flagrante no dia seguinte, em São Gonçalo do Amarante. Em interrogatório na delegacia, confessou os crimes. Jardeson negou envolvimento nos latrocínios mas acabou sendo preso preventivamente.