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Idéias: Violência

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Opinião Pág. 02 18.10.200
Sempre a esquerda quis justificar a violência em razão do crescimento da pobreza. No entanto, o Brasil de hoje, segundo ela mesma, está passando por uma fase em que os pobres estão cada vez menos pobres, enquanto os ricos continuam se mantendo ricos. Em casos assim, é sinal de que estamos produzindo mais, com distribuição melhor entre os menos favorecidos. Dentro desse diapasão, em prevalecendo o que diz a esquerda, a violência deveria estar diminuindo, quando se acha crescendo. Logo, a causa disso tudo é a frouxidão das leis. Os traficantes estão ficando cada vez mais audaciosos, pois têm até grupo de execução pra matar quem lhes deve e não paga o quanto dos negócios ilícitos. Por isso mesmo são executados rapazes de 15 a 17 anos, seus pombos-correios. Em consequência, deve a maioridade penal começar aos 15 anos de idade. É certo que o Brasil está em paz, mas morre mais gente como se estivéssemos em guerra. O presidente Lula ri com o tempo porque só olha o lado da economia, desprezando a segurança. Enquanto seu governo sofre profundo desgaste em suas bases, porque não nos oferece sequer o direito à vida.
A redução desse índice de criminalidade bastaria o Executivo mandar ao Congresso um projeto de lei estabelecendo pena mínima para traficante de drogas de 15 anos de reclusão, em regime fechado. Todos os detentos trabalhando. Modificar a lei que criou o regime fechado, para não mais permitir que todo aquele que foi condenado à pena de 30 anos de reclusão só pudesse ter direito ao regime semiaberto depois de cumprir 20 anos. Propor seja dada interpretação restritiva ao art. 5° da CF/88, inciso LVII que instituiu a inocência presumida, no sentido de só aplicada quando houvesse indícios de ter o agente do fato cometido com indícios em qualquer uma das excludentes criminais. Pois bem, esperar que a sentença condenatória transite em julgado, com o nosso Judiciário com sobrecarga de processos, é a mesma coisa que permitir matar, estuprar, roubar, sequestrar, cometer crime de improbidade administrativa e tantos outros, e impune ficar em razão da prescrição.
Edgar Carlos de Amorim- Escritor