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Concluída instrução do processo que investiga mortes provocadas por incêndio

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A 1ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua concluiu a fase de instrução do processo que investiga assassinatos e tentativas de homicídio cometidos contra cinco pessoas de uma família que teve a casa incendiada. Na última quinta-feira (14/06), o juiz Demétrio de Souza Pereira, respondendo pela Vara, ouviu os dois acusados, Francisco Wagner Sousa de Castro e Antônio Reginaldo Paiva Barros.

A dupla responde por homicídio, na forma consumada e tentada, triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de fogo e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas) com agravante de ser praticado contra criança.

A próxima etapa consiste na apresentação dos memoriais finais, por parte da defesa e da acusação. O prazo é de até dez dias, contados a partir do dia 14 deste mês. Em seguida, o magistrado decidirá ou não pela pronúncia (decisão que submete os acusados a júri popular).

Os crimes foram praticados por volta das 4h da madrugada de 13 de outubro de 2006, no bairro Granja Portugal, em Fortaleza. Segundo o Ministério Público do Ceará (MP/CE), Francisco Wagner e Antônio Reginaldo escalaram o telhado da residência, jogaram gasolina e atearam fogo. O dono da casa (Francisco Júlio de Maria Junior) e duas filhas, então crianças, morreram. A esposa e a outra filha, também criança, conseguiram escapar.

De acordo com o MP/CE, a rixa com a família começou quando Francisco Wagner, acompanhado por outras pessoas, agrediu um irmão da vítima. Revoltado, Francisco Júlio de Maria chamou outro irmão e foi à casa de Francisco Wagner tomar satisfações. Como não havia ninguém no local, eles teriam invadido a residência, ateado fogo em um colchão, danificado móveis e furtado alimentos.