A presidente da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (Cejai), desembargadora Lisete de Sousa Gadelha, realizou, nesta quinta-feira (14/05), reunião para definir plano de atuação do projeto “Estreitando Laços”, destinado a acompanhar a realidade de crianças e adolescentes que estão em abrigos. No encontro, foi apresentado fluxo de ações para agilizar processos de jovens abrigados.

O documento prevê que, no prazo máximo de 180 dias, a partir do início do acolhimento, seja emitido relatório indicando o encaminhamento dos jovens à família ou à adoção. A presidente da Cejai explicou que a “prioridade é o retorno dos jovens às famílias biológicas, para que a adoção somente ocorra quando encerradas as possibilidades de permanência na família de origem”.

Durante a reunião, também foi informado que serão disponibilizadas equipes multidisciplinares para o projeto. Os profissionais (assistente social, psicólogo, pedagogo e advogado) atuarão, inicialmente, vinculados à Coordenadoria das Varas da Infância e Juventude de Fortaleza e à Unidade de Acolhimento Institucional Casa Abrigo.

Também foi debatido o recrutamento e a qualificação de voluntários, entre universitários da área de Humanas, para atuar junto ao projeto, buscando fortalecer os vínculos familiares.

O encontro contou com a participação da desembargadora Maria Vilauba Fausto Lopes, titular da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), representantes da Defensoria Pública do Estado, Secretaria Municipal do Trabalho Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra) e Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Ceará (STDS).

Também estiveram presentes as juízas Alda Maria Holanda Leite, coordenadora das Varas da Infância e Juventude de Fortaleza, e Mabel Viana Maciel, além de Anna Gabriella Pinto da Costa, chefe do Setor de Cadastro de Adotantes e Adotandos do Juizado da Infância e da Juventude de Fortaleza.

Segundo o setor, atualmente existem 32 crianças e 27 adolescentes destituídos do poder familiar. São 271 pretendentes a adoção.