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Caso Hilux: PMs depõem na Justiça

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Fortaleza Pág. 08 27.11.2009
Dez policiais militares denunciados na justiça no caso Hilux foram ouvidos na 2ª Vara do Júri ontem. Eles são acusados de uma ação desastrosa que terminou com três pessoas baleadas. Além do espanhol Marcelino Ruiz, que ficou paraplégico, foram atingidos a tiros o italiano Inocenzo Brancatio e sua mulher Denise Sales Campos.
A Hilux em que eles estavam foi metralhada depois que os PMs confundiram o veículo com a camioneta S-10 de uma quadrilha de assaltantes. O caso ocorreu no dia 26 de setembro de 2007 na avenida Raul Barbosa.
Os PMs – Rinaldo Souza, Francisco Edenildo de Lima, Marcos Antônio da Silva, Francisco Emanoel Rodrigues Felipe, Francisco Elmior de Souza, Luiz Ary Barbosa Junior, Antônio Liberato Dias Neto, Francisco Eloy da Silva Neto, Marcelo Lima Alves e Antônio Eduardo Martins Maia – foram interrogados pelo juiz Henrique Jorge Holanda Silveira. Alguns dos militares disseram que não tiveram a intenção de matar ninguém. Outros alegaram que não faziam parte daquela operação.
Segundo o inquérito policial, concluído pela delegada Rosicleide Castro, os disparos começaram no semáforo do cruzamento com a avenida Murilo Borges e foram intensificados quando a Hilux parou 300 metros depois.
Os PMs foram denunciados na Justiça por crime de tentativa de homicídio. A pena para cada um deles pode ser de 12 a 30 anos de prisão. 66 testemunhas, entre elas 54 de defesa, já foram ouvidas na 2ª Vara do Júri. O processo vai entrar nas alegações finais, seguida da sentença de pronúncia.