22.04.2010 últimas
?Essa greve dos nossos funcionários é um movimento absolutamente irracional, comandado por um grupo de pessoas que não quer acessar a Intranet do Tribunal para verificar os ganhos que obterá com plano da Fundação Getúlio Vargas?. A declaração é do presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, desembargador Ernani Barreira.
E acrescentou ? eu, da minha parte, não estou lutando pela aplicação do plano, porque acho que as pessoas têm o direito de não querer ganhar, da mesma forma que têm o direito de querer ganhar, ou seja, ter ou não um salário melhor. Segundo ele, essa questão vai ser resolvida através de um plebiscito que ainda vai ser aplicado junto aos funcionários.
VAI TER DEBATE
Barreira observa que já disse mais de dez vezes, e agora repete, que o resultado do plebiscito será acolhido pela presidência do Tribunal. De acordo com ele, o Tribunal entende que o plano da Fundação Getúlio Vargas é um bom veículo, um bom início, para o final feliz de todos os servidores que estão ou não fazendo greve.
O presidente Barreira informou que o plebiscito vai ser antecedido de um debate estabelecido entre um advogado indicado pelo Sindicato, um professor de altíssimo gabarito, e os técnicos da Fundação Getúlio Vargas que estarão em Fortaleza na próxima semana. Acrescenta que se as partes chegarem a pontos convergentes a presidência do TJ vai acolher.
Disse ainda que, como ficou acertado com os líderes sindicais, o Tribunal vai propiciar um entendimento dos técnicos da Fundação Getúlio Vargas com o mesmo professor na presença dos líderes sindicais. Se nesse caso houver pontos de convergência ? promete ? o Tribunal de Justiça acolherá, porque o que quer é que haja um denominador comum.
INSATISFAÇÃO
Os grevistas estão querendo uma solução para o Plano de Cargos e Carreira que está sendo estudado pelo TJ para ver se será possível. O plebiscito não tem data certa ainda, segundo ele, mas poderá ser aplicado no final da próxima semana, dependendo do pessoal da Fundação Getúlio Vargas que chega em Fortaleza, possivelmente no próximo dia 29.
Barreira repetiu ? a greve é movida por insensatez, com um desejo de emulação e com propósitos que eu não sei absolutamente identificar. O desembargador foi a Brasília para tentar no Ministério da Cultura viabilizar o início da construção do monumento a Clóvis Beviláqua que vai cuminar com a transladação dos restos mortais dele, o maior jurisconsulto da América Latina.
Explica que os restos mortais de Clóvis Beviláqua e da esposa encontram-se no Rio de Janeiro e o projeto é para trazê-los para Fortaleza. Barreira promete assistir à posse do ministro Raul Araújo, no Superior Tribunal de Justiça, quando for marcada. Nesta sexta-feira, confere a posse do ministro César Peluzzo na Presidência do Supremo Tribunal Federal.