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Advocacia

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22.01.2011 opinião
A todo cidadão é dado o direito de defesa. Princípio básico do exercício da advocacia. Defender é prerrogativa inerente à profissão do operador do Direito. Exercer o múnus defensivo está ficando complicadíssimo, face ao exagerado índice estatístico dos crimes praticados na atualidade, tristemente evolutiva, dos desmandos de toda natureza. A sofisticação dos crimes surpreende pelo inusitado dos atos selvagens praticados. Inacreditáveis ações da animalidade ou bestialidade atribuídas aos “seres humanos” da Criação divina. Nunca a advocacia foi tão necessária. Advogados podem e devem usar toda a filosofia do humanismo para defender os prevaricadores da lei. Aproveitar a oportunidade para apontar o direito justo e bom que sustenta a sociedade. Usar as regras legais para firmar o lado correto da vida de convivência. Todos merecem uma defesa, mas nem sempre visando a liberdade não merecida. O advogado tem poderes para convencer o seu assistido da necessidade de uma reparação recuperadora. Defesa, sim, dentro dos princípios éticos da aplicação do Direito sem jaça. O exemplo do Ministério Público em que o seu agente pede a absolvição de um acusado, por estar ele, isento das culpas da lei, serve bem para nortear rumos da coerência na seara do Direito justo. É preciso usar da altivez que se conquista nas bancas acadêmicas para interpretar as filosofias da harmonia que são repassadas em aulas memoráveis do dia a dia dos estudantes de Direito. Todas as profissões têm a assistência das leis que visam à proteção igualitária da civilização dos que se aconchegam à vontade de praticar o bem, sem olhar a quem. Advocacia a iluminura de uma profissão voltada para a grandeza de servir, sem medos. O advogado deve estudar sempre, para avançar no campo da modernidade tecnológica que aí está mudando o rito das coisas simples. Técnica operacional do Direito não prescinde da grandeza interior do profissional que opta, por vocação, por defender o que se divorcia da vida proba. O aparato da legislação, dos costumes do executivo e da visão arguta da Justiça dá o suporte legal para a segurança do advogado que não torce a verdade.
Paulo Eduardo Mendes – jornalista