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Tribunal do Júri condena pistoleiro

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Polícia p. 16
25/2/2010
O matador e seu comparsa foram reconhecidos como responsáveis pelo assassinato do tio
Após quase sete horas e meia de sessão, o Segundo Tribunal do Júri Popular de Fortaleza condenou a 15 anos de prisão, o pistoleiro José Enilson Couras, o ´Courinha´; e a 12 anos de reclusão o réu Salvador dos Santos.
Os dois homens foram acusados de terem assassinado, em 3 de abril de 1996, o comerciante Sinval Correia Braga, fato ocorrido no Município de Jucás. Um seguro de vida feito em nome da vítima teria sido o motivo do assassinato. Sinval era tio de ´Courinha´ e este seria o beneficiário do seguro.
Negaram
O processo sobre o crime começou a tramitar na Comarca de Jucás, depois foi transferido para Iguatu e, por fim, chegou à Capital, já que ´Courinha´ é um homem temido naquela região.
Os dois acusados negaram envolvimento no fato. Além deles, outro homem é acusado de ter participado indiretamente do assassinato. Trata-se do coronel José Viriato Correia Lima, da PM do Piauí. Ele é acusado de participação em muitos crimes, entre eles, o roubo de automóveis entre os Estados do Ceará e Piauí. Viriato teria emprestado o carro para que a vítima fosse transportada até o local do assassinato. O trio teria simulado um acidente de trânsito para provocar a morte da vítima.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Salvador transportou a vítima no carro fornecido pelo coronel Viriato. Mas, no trajeto, o motorista teria, propositadamente, jogado o carro dentro de um açude, ficando o veículo submerso a uma profundidade de 12 metros. O corpo do comerciante só foi encontrado no dia seguinte.
Outro nome
Na fase de instrução criminal, onde foram tomados vários depoimentos, surgiu o nome do coronel Viriato Correia. O militar receberia parte dos R$ 300 mil do seguro pela morte do comerciante.
O julgamento de ontem foi presidido pelo juiz de Direito, Henrique Jorge de Holanda Silveira. O defensor dativo do réu Salvador, João Irton Veloso Frota, preferiu não recorrer da sentença, pois alegou que o acusado já está preso há nove anos e deverá ser solto por progressão de regime. Já o advogado de ´Courinha´, Gelson de Azevedo Rosa, recorreu da sentença.