Em 2009, o serviço do Telejustiça do Fórum Clóvis Beviláqua realizou 450.998 atendimentos, um crescimento de 9,65% em relação ao ano de 2008. Desse total, 369.041 foram feitos por telefone, 72.694 pela recepção e 9.263 por autoatendimento (através de computadores disponíveis na central do Telejustiça).
Desde a sua implantação, em 10 de dezembro de 1996, o sistema vem alcançando seus objetivos e ganhando espaço na sociedade cearense. De acordo com Nelson Ricardo de Moraes, coordenador do Telejustiça, a interação entre o Poder Judiciário e os cidadãos mudou. “O primeiro e maior benefício do Telejustiça foi a centralização da informação e a melhoria do atendimento ao público”, afirmou.
O Telejustiça tem como objetivo fazer uma ligação entre a população e o Poder Judiciário no exercício de sua função jurisdicional. Todos os dias são recebidas cerca de 1.560 ligações, cujo tempo médio de cada uma delas é de um minuto e meio. Para agilizar ainda mais o atendimento, cada consulta é limitada ao máximo de três informações processuais.
Outro meio de interação entre o cidadão e o Telejustiça é o endereço eletrônico. Os assuntos dos e-mails recebidos dizem respeito a sugestões, a solicitações para ampliação do atendimento e a reclamações relacionadas ao acesso das consultas através da internet.
Para conhecer mais as necessidades do público, a administração do setor produz, quinzenalmente, um relatório de todas as reclamações feitas pelos usuários do sistema. Com base nesses dados, o Telejustiça consegue visualizar quais as varas que recebem mais reclamações, seja por grande volume processual, seja por falta de recursos humanos, por exemplo. Posteriormente, os dados coletados são repassados para a Diretoria do Fórum e, em seguida, para as secretarias das varas.
O sistema de gerenciamento das reclamações visa à atualização de todos os processos. “O sistema de reclamações aumentou a credibilidade do público na celeridade processual”, ressaltou Nelson Ricardo.
De acordo com uma enquete feita pela recepção do setor, de cada 1.000 consultas feitas em 2009, 725 foram respondidas satisfatoriamente. Além disso, o número de desistentes (pessoas que não esperavam o atendimento porque encontravam as linhas da central ocupadas) caiu consideravelmente: de 114.646, em 2008, para 12.708, em 2009.
A enquete destacou ainda que, de todos os usuários do Telejustiça, 43% são advogados (consultas efetuadas dos escritórios de advocacia), e 57% são partes processuais ou cidadãos.