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Projeto de ressocialização reúne cumpridores de penas alternativas no Fórum Clóvis Beviláqua

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As atividades dos “Grupos Reflexivos para Cumpridores de Penas Alternativas e Autores de Violência Contra à Mulher” tiveram continuidade nesta quinta-feira (11/09) no Fórum Clóvis Beviláqua. A iniciativa é realizada pela Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas e Habeas Corpus de Fortaleza (Vepah), em parceria com a Pastoral Carcerária do Ceará.

Segundo a juíza titular da Vepah, Maria das Graças Almeida de Quental, o objetivo é levar os assistidos “à reflexão para que entendam o próprio comportamento, de forma que não voltem a cometer o delito e não venham a sofrer novamente as consequências dos atos praticados. É o resgate do cidadão e da sua dignidade”.

O trabalho é baseado no conceito de Justiça Restaurativa, que reconstrói relações entre infrator e vítimas, familiares e sociedade. “O grupo faz com que reconheçamos erros e possamos transmitir nosso lado bom para as pessoas”, avaliou um dos assistidos, que é operador de produção.

As técnicas utilizadas nos encontros foram desenvolvidas pela rede internacional Escolas de Perdão e Reconciliação (Espere) e são aplicadas por voluntários da Pastoral Carcerária. O método consiste na resolução de conflitos por meio de convivência, prática de solidariedade, justiça e gerenciamento de emoções como raiva, ódio e desejo de vingança.

As atividades foram conduzidas pelas irmãs Olga Gómez e Socorro Medeiros, e pelas voluntárias Laudicéia Ferreira, Dorismar Linhares e Maria Assunção, todas da Pastoral.

Da Vepah, além da magistrada, participaram a coordenadora de projetos, Socorro Fagundes, a assistente social Elizângela Gomes e a advogada Kamilla Leite. Também estiveram presentes estudantes de Psicologia e Serviço Social, além de estagiários da Vara.

RECONHECIMENTO

Criados em janeiro de 2012, os Grupos Reflexivos foram escolhidos como umas das quatro melhores práticas do Brasil em penas alternativas. O reconhecimento ocorreu no Fórum Nacional de Alternativas Penais (Fonape), coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido nos dias 7 e 8 de agosto deste ano, em São Luís (MA).

Os encontros ocorrem a cada 15 dias, no Fórum. Os grupos são divididos em duas turmas, com uma média de 25 assistidos cada, sendo uma pela manhã e outra à tarde.