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Penas inúteis – Ideias

Ouvir: Penas inúteis – Ideias

21.02.2010 Opinião
Temos ouvido reclamações segundo as quais a sociedade não aceita empregar pessoas condenadas por crimes diversos, inclusive contra o patrimônio. Alegam que, após cumprirem pelo menos um terço de pena aplicada, acham-se esses delinquentes recuperados. Ledo engano, o cumprimento da pena no caso de ser o delinquente viciado em crime de furto, roubo, sequestro a tantas outras modalidades contra o patrimônio, não corrige ninguém. Pois bem, essa gente mesmo quando chega a cumprir a pena no tempo integral, jamais deixa de voltar a delinquir. Nunca alguém ouviu falar em ex-ladrão, uma vez larápio sempre larápio. Na realidade, a sociedade não emprega transgressores porque sabe que o pouco cumprimento da pena é dormindo e comendo à custa do Estado. Não trabalham porque botar para trabalhar dá trabalho. Contudo, aqui vai uma sugestão, pois para tudo há sempre uma solução. Basta transformar cada presídio em escola de formação profissional. O sentenciado deverá cumprir nunca menos do que dois terços da pena aplicada. Nesse período, terá que aprender o ofício para que possa viver como autônomo, e nunca como empregado. Até porque um bom carpinteiro pode montar uma fabrica de móveis, um mecânico de igual modo poderá instalar uma oficina de reparo de veículos. Outros poderão se dedicar à eletrônica, conserto de computadores etc. Agora, como estão as coisas, a tendência é piorar. Não se justifica que um estuprador pegue 12 anos de prisão e, em cumprindo três, por conta do regime semiaberto, volte às ruas. Há pouco tempo maníaco sexual que estava nessas condições, solto, dois dias depois de ter deixado o presídio, sequestrou uma jovem médica e, em saciando os seus extintos bestiais, acabou por matá-la. Já em Fortaleza uma criança de cinco anos foi estuprada e morta por um pedófilo. No Irã, em casos assim, castram o animal com injeção química. Conclusão, nunca mais volta a delinquir. Já no Brasil, criminoso tem regalias especiais, posto que, por mais hediondo que seja o crime praticado, não pode sequer ser fotografado. Aqui, direitos humanos servem para defender os facínoras e não as vítimas.
Edgar Carlos de Amorim – Escritor