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Paulo Bonavides: terceiro mandato para o Lula é ditadura constitucional

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17.06.09
O jurista Paulo Bonavides, uma das maiores em Direito Constitucional no país o no mundo, atacou duramente a proposta de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o polêmico terceiro mandato.
Em pronunciamento na sessão especial que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil realizou, no Rio de Janeiro, Bonavides afirmou que ?com o terceiro mandato não se elegerá um presidente da República, mas um ditador constitucional, um caudilho plebiscitado; que sob as ruínas da República levantará o trono do czarismo imperial e o cadafalso da democracia constitucional?, sentenciou, do alto de toda sua autoridade, o jurista cearense.
Leia na íntegra esta nota de agência de notícias, emitida no dia do pronunciamento:
Rio de Janeiro – O jurista Paulo Bonavides, um dos mais renomados constitucionalistas do País, fez hoje (08/06) um duro ataque à proposta de re-reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o polêmico terceiro mandato.
Em pronunciamento na sessão especial que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil realiza nesta cidade, Bonavides afirmou que “com o terceiro mandato não se elegerá um presidente da República, mas um ditador constitucional, um caudilho plebiscitado; que sobre as ruínas da República levantará o trono do czarismo imperial e o cadafalso da democracia constitucional”.
Medalha Rui Barbosa do Conselho Federal da OAB – a mais alta comenda outorgada pela entidade -, Paulo Bonavides observou que, “como no Brasil o presidente da República parece ter consciência de estadista e não consciência de caudilho, nem vocação de ditador, não deve haver o terceiro mandato”. Para ele, a proposta do terceiro mandato para Lula que está sendo articulada no Congresso Nacional “é mais uma vergonhosa iniciativa do Colégio Legislativo da República contra o povo, contra a cidadania e contra a Nação”.
O constitucionalista conclamou os conselheiros federais da Ordem dos Advogados do Brasil a defenderem, na esfera política, o que chamou de o mais humano direito dos direitos humanos: “O direito à democracia, direito da quarta geração precisa ser defendido”, proclamou. “Democracia com Constituição, na Constituição, pela Constituição; democracia com liberdade, igualdade e fraternidade”.