Fortaleza Pág. 05 05.09.2009
O italiano acusado de beijar a boca da filha de oito anos, em uma barraca da Praia do Futuro, na última terça-feira, deverá continuar preso na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), pelo menos por mais esta semana. A Justiça negou o pedido de habeas corpus, no último sábado, por entender que será preciso a conclusão do inquérito policial, que poderá se estender até sexta-feira. O italiano, de 48 anos, responde por crime de estupro, com base na nova lei de crimes sexuais.
Em entrevista à Agência Brasil, a mulher do turista italiano e mãe da criança defendeu o marido. ?A minha opinião é que confundiram, interpretaram mal. Em meio a tantos casos de abuso sexual que já aconteceram, eles (as testemunhas) viram um homem, estrangeiro, branco, com uma menina muito mais escura?. Os nomes da mulher, de 38 anos, e de seu marido não são divulgados para proteger a menina, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Construtor e morador da cidade de Goidonia, localizada na província de Roma, o italiano passa férias com a família no Brasil desde que se casou. ?Não perdemos o vínculo porque temos casa aqui e eu tenho irmãs aqui?, contou a mulher. A mãe é casada com o italiano há 11 anos. Eles se conheceram na Itália, onde ela mora há 15 anos. ?Eu sempre trabalhei lá como garçonete?.
Quanto às acusações feitas por outros turistas de que o italiano teria dado beijos na filha e acariciado suas partes íntimas, a mãe assegurou de que não são verdadeiras. ?Quando eles se referem a um beijo na boca, era só um selinho. Eu também saúdo a minha filha com um selinho. Já em relação a acariciar a partes íntimas dela, não são verdadeiras. Ele poderia estar ajeitando o biquini dela?.
O italiano está preso em uma cela pequena, onde tem um colchão e um ventilador levado pela família.