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Justiça encerra o Mutirão no Ceará

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Polícia 03.12.2009
Após cinco meses de avaliação de processos, Mutirão termina com mais de três mil presos postos em liberdade
Após quase cinco meses de atividades, o Mutirão Carcerário do Ceará foi encerrado oficialmente ontem. Durante o trabalho, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Corregedoria Geral da Justiça (CGJ), os juízes e defensores públicos analisaram 10.105 processos, resultando em mais de quatro mil benefícios como transferência de unidade, trabalho externo e mudança de regime, sem contar com os quase três mil alvarás de soltura.
Para o juiz federal e representante do CNJ no Mutirão Carcerário do Ceará, juiz Marcelo Lobão, “o Mutirão não deve entrar na história do Estado do Ceará pelas quase três mil liberdades conseguidas, mas em função da construção de um novo pensamento sobre a situação carcerária no Estado e a reinserção social do apenado”, ressaltou o magistrado.
Durante a solenidade de encerramento do Mutirão, ocorrida na tarde de ontem, no Auditório Dom Aloísio Lorscheider, na sede do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), Lobão foi uma das várias autoridades homenageadas, sendo elogiado pelo presidente do TJCE, desembargador Ernani Barreira, de quem recebeu uma placa, em virtude do trabalho realizado em prol da Justiça cearense.
Gol de placa
No seu discurso, o desembargador afirmou que o Mutirão “reflete aquilo que não estamos acostumados a enxergar e pouco temos dito, que é possível alcançar novos resultados na ação jurisdicional, desde que estejam unidos e bem-intencionados os operadores do Direito”. Para Barreira, o CNJ fez um “gol de placa” com a iniciativa.