Conteúdo da Notícia

Justiça condena pai e filho envolvidos com tráfico de drogas

Justiça condena pai e filho envolvidos com tráfico de drogas

Ouvir: Justiça condena pai e filho envolvidos com tráfico de drogas

O juiz Flavio Vinicius Bastos Sousa, titular da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, condenou pai e filho por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Os réus são Francisco Edilson Ferreira Góis e Washington da Cunha Góis.
Para o magistrado, eles cometeram os crimes “na medida que, segundo a narrativa em audiência e os depoimentos presentes no inquérito policial, Washington guardou uma grande quantidade de insumo destinado à preparação de drogas (165 kg de fenacetina) em um quarto da residência de seu pai”.
A dupla cumprirá pena em regime fechado, sem direito a apelar em liberdade. Edilson cumprirá nove anos, enquanto Washington pegou 12 anos e seis meses. A pena de Edilson foi reduzida devido à atenuante da idade, pois tem 74 anos. Já a de Washington foi aumentada pela agravante da reincidência.
De acordo com a denúncia (n° 0141361-04.2016.8.06.0001), a polícia vinha investigando a família de traficantes, que inclui ainda outro filho (já cumpre pena em regime fechado). Washington e o irmão estariam se preparando para montar um laboratório de refino de cocaína, abastecendo-se de grande quantidade de fenacetina. O pai seria responsável por armazenar parte dos produtos químicos, sendo inclusive pago pelos filhos.
Em 4 de junho de 2016, por volta das 16h30, policiais civis observaram Edilson entregar uma sacola, na porta de sua casa, para Washington. A residência era na rua Deputado Moreira da Rocha, bairro Praia de Iracema, em Fortaleza. Washington seguiu de carro, sendo abordado logo depois. Na sacola havia quatro quilos da fenacetina. Os policiais retornaram à residência e encontraram vasta quantidade do produto, balanças de precisão, muitas caixas e sacos. No total, foram apreendidos 165 kg da substância. Os réus foram presos em flagrante. Em juízo, apenas Washington confessou a prática delitiva.
A decisão foi publicada no Diário da Justiça dessa quinta-feira (26/01).