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Juiz condena a nove anos de detenção estudante acusada de atropelar e matar três pessoas

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O juiz titular da Vara de Delitos de Trânsito de Fortaleza, Jorge Di Ciero Miranda, condenou a ré Amanda Cruz da Silva a nove anos de detenção, em regime semiaberto, por ter atropelado e matado três pessoas, em março de 2012, no bairro Cajazeiras.

O magistrado condenou a acusada a quatro anos de detenção, máximo legal para o crime de homicídio culposo na direção de veículo, aumentada em dois anos, por ter sido praticado na calçada, e mais três anos, por ter havido concurso formal (quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes), totalizando pena de nove anos.

Além da condenação por homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a estudante deverá pagar o valor de R$ 4 mil para as famílias de cada uma das vítimas, além de R$ 2 mil como ressarcimento pelos danos ocasionados no condomínio atingido na colisão. Ela também ficará impedida de dirigir pelo período de cinco anos.

Conforme os autos do processo (nº 0552973-10.2012.8.06.0001), no dia 17 de março de 2012, por volta das 12h, na avenida Paulino Rocha, bairro Cajazeiras, a ré, “em estado de sonolência, ao praticar manobras radicais e em alta velocidade”, perdeu o controle do veículo que dirigia.

A estudante subiu a calçada do condomínio residencial Bariloche e atropelou as vítimas Marcilene Silva Maia, de 17 anos, que estava grávida, e a filha dela, Ana Rafaela da Silva Maia, de um ano e sete meses, além do pedestre José Flávio Bezerra. Eles não resistiram aos ferimentos e faleceram.

No dia 10 de outubro de 2014, Amanda se envolveu em mais um acidente, tendo colidido frontalmente, sem motivo aparente, com outro veículo, no Km 3 da BR-116, o que, segundo o juiz, “revela personalidade indiferente aos dramas de consciência, bem como conduta social reiteradamente reprovável”.

Na sentença, proferida na última quinta-feira (08/01), o magistrado considera ter ficado comprovado que a acusada agiu com negligência. “A ré demonstrou ser pessoa com senso de responsabilidade reduzido, pouca disciplina para se portar na condução de veículo automotor em via pública, se reconhece portadora de doença grave e, mesmo assim, insiste em dirigir, colocando toda a sociedade em risco”.