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Instrução de processo que investiga policiais acusados de extorsão é encerrada

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A 6ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza encerrou, no início da noite dessa terça-feira (24/05), a fase de instrução do processo que investiga três policiais militares acusados de extorsão. Agora, o titular da unidade judiciária, juiz Eduardo de Castro Neto, aguarda a juntada dos documentos finais das duas partes para sentenciar a ação.
Durante a fase de instrução, foram ouvidas vítimas e testemunhas, além dos acusados: o soldado Elano Ribeiro Freitas, o cabo Francisco Marinho da Silva Queiroz e o sargento Francisco Gilberto da Costa. Eles foram denunciados pelo Ministério Público (MP) estadual por extorsão e formação de quadrilha.
Os crimes ocorreram em 30 de agosto de 2010 quando o soldado Elano Ribeiro Freitas e outros quatro policiais não identificados invadiram a casa do comerciante W.C.L.. O grupo teria sido informado que no local havia 10 quilos de entorpecentes e um revólver calibre 38.
De acordo com o MP, o soldado Elano intimou W.C.L. a acompanhá-lo à delegacia. No entanto, segundo o relato da acusação, ele foi conduzido à avenida Francisco Sá, onde outro policial pediu R$ 100 mil. O comerciante disse não ter dinheiro, mas pediu prazo para pagar aos policiais a quantia de R$ 15 mil.
Os autos informam que a vítima teria sido liberada e, em seguida, procurado a delegacia para denunciar o caso. A Divisão de Inteligência Policial (DIP) foi acionada e uma equipe de policiais armou o flagrante no grupo.
À noite, a vítima foi ao estacionamento de uma farmácia para o suposto encontro. Policiais da DIP observaram a movimentação e prenderam os três em flagrante.
Os réus negam as acusações. O soldado Elano afirmou que a falsa denúncia era vingança decorrente de um envolvimento amoroso que o policial teve com a esposa de W.C.L.. O cabo Marinho e o sargento Gilberto afirmam ter ido à farmácia apenas para comprar medicamentos.