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Inquérito sobre a morte do advogado volta à Polícia Civil

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05.09.10
A Justiça devolveu os autos à Polícia para que novas investigações possam apontar quem assassinou o advogado
Três meses depois do assassinato do advogado criminalista e desportista Antônio Jorge Barros Lima, 47, a Polícia Civil ainda não conseguiu chegar aos criminosos.
O inquérito policial que foi instaurado no 35º DP (Curió), foi mandado para a Justiça e acabou retornando à esfera policial para a realização de novas diligências.
Mas, os autos agora estão em outras mãos. O caso foi avocado (transferido) e está sendo investigado pelo delegado Rodrigues Júnior, futuro diretor da Divisão de Homicídios (DH). Em tese, este será o primeiro caso de assassinato a ser apurado pela nova unidade da Polícia Judiciária do Ceará.
Apesar de o Governo do Estado ter prometido a inauguração da Divisão para fevereiro deste ano, até agora o órgão não saiu do papel.
As obras estão atrasadas e não foi ainda oficialmente formada a equipe que vai trabalhar ali. Presidir Enquanto isso, as investigações sobre a morte do advogado cearense tramitam a passos lentos.
O delegado William Cordeiro, que estava à frente das investigações, saiu de férias em julho e no seu retorno ao trabalho, o inquérito já não mais ficará sob a sua presidência.
Vários pedidos foram feitos à Justiça para a complementação das diligências, entre eles, a quebra de sigilos telefônicos. A principal suspeita levantada pela Polícia aponta para o envolvimento de um presidiário como mandante da execução.
Mesmo estando atrás das grades, em um dos presídios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), ele teria determinado aos comparsas em liberdade a morte do advogado.
Segundo as informações da Polícia, o presidiário (nome não revelado) teria ordenado a execução do advogado por ter ficado insatisfeito com a atuação dele em seu processo, não conseguindo tirá-lo da cadeia.
O crime teria sido perpetrado por dois homens em uma moto. Há indícios de que os executores seriam bandidos ligados ao tráfico de drogas na Comunidade Pôr do Sol, em Messejana.
Para acompanhar o andamento das investigações, a Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Ceará, formou uma comissão de representantes para se fazer presente no decorrer da apuração.
Para o criminalista Leandro Vasques, esta nova fase da investigação poderá lograr êxito na identificação dos assassinos de seu colega de profissão.