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Guarda do município assassino da namorada condenado a 21 anos e 9 meses de prisão

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10.08.2010
Arrependimento: durante seu interrogatório, Sávio Paiva afirmou ter sofrido com uma crise de remorso e quase praticou o suicídio. Além de cadeia, ele também perdeu o cargo público
Após sete horas de julgamento, o réu foi condenado a 21 anos e nove meses de prisão por homicídio e aborto
“Ela me xingou, me deu dois tapas. Foi aí que perdi o controle e saí de mim. Peguei a tonfa e comecei a agredi-la”.
A confissão foi feita ontem, 3a.feira (10/08), pelo guarda municipal de Fortaleza, Francisco Sávio Paiva Torres, 25, durante seu julgamento em que acabou condenado a 21 anos e nove meses de prisão pelo assassinato da namorada, a estudante universitária Suhelen Costa Rebouças, que, na época do crime (novembro de 2008) tinha 19 anos e estava grávida de dois meses.
O julgamento lotou uma das salas do Júri Popular no Fórum Clóvis Beviláqua durante toda a tarde e começo da noite de ontem. A sessão, que começou por volta de 13h:45min, se estendeu até as 21h:00, quando o juiz de Direito, José de Castro Andrade, titular da Terceira Vara do Júri da Capital, leu o veredicto diante do réu, do promotor, advogados e das quatro mulheres e três homens que formaram o Conselho de Sentença.
Traição
Em seu interrogatório diante do promotor Humberto Ibiapina, o guarda foi enfático ao alegar que, durante todo o seu convívio ao lado da universitária, o casal rompeu e reatou o namoro por diversas vezes, por conta de brigas motivadas por ciúmes e desconfiança de traição.
O crime ocorreu por volta das 05h:30min do dia 16 de novembro de 2008 na casa dos pais de Sávio, no Conjunto Ceará, onde ele morava junto com a namorada. O acusado usou uma tonfa (cassetete) para golpear a namorada várias vezes. Em seguida, enrolou o corpo de Suhelen num lençol, tomou banho, se despediu da mãe, Antônia Miranda, e fugiu da cena do crime.
“Mãe, eu te amo muito. Vou sair. Chame a Polícia”, disse Sávio antes de desaparecer.
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