18.03.2011 Fortaleza
Os advogados da estudante universitária Carla Gleydiane Marques Almeida, de 23 anos, vão entrar com uma ação indenizatória na Justiça contra o Estado do Ceará por causa da investigação policial equivocada que levou a jovem a passar sete meses na prisão por um crime que não cometeu.
Carla Gleydiane teve a prisão preventiva decretada no dia 17 de julho de 2007, pelo juiz Magno Gomes de Oliveira, da Comarca de Crateús. Ela foi acusada de matar a golpes de faca a amiga Tais Duarte Matos, de 16 anos, fato ocorrido quatro dias antes.
Embora tenha jurado inocência, a estudante universitária só foi posta em liberdade quase oito meses depois, no dia 12 de fevereiro de 2008. Isso por conta de um habeas corpus impetrado por seus advogados, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Recentemente, o caso teve uma reviravolta com a descoberta do verdadeiro autor do crime: o servente Josimar Alves da Costa, de 23 anos. Ele está preso na cadeia de Crateús e com custódia preventiva decretada.
O acusado confessou o crime em depoimento à Delegacia Regional de Crateús. Taís foi morta com duas facadas no peito, dentro de sua casa. A Polícia está investigando se há outras pessoas envolvidas no crime.
A defesa de Carla Gleydiane, representada pelos advogados Paulo Quezado e João Marcelo Pedrosa, vão entrar com a ação indenizatória junto à Vara da Fazenda Pública.