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Caso Alanis: alunos fazem fila para assistir ao Júri

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17.08.2010 polícia
A Segunda Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua distribuiu, ontem pela manhã, 150 senhas para estudantes de Direito e outros interessados em assistir ao julgamento de Antônio Carlos dos Santos Xavier, acusado de raptar, estuprar e matar a menina Alanis Maria Laurindo Oliveira, em janeiro deste ano, no bairro Conjunto Ceará.
Desde cedo, a movimentação no Fórum já era intensa e, por volta das 10h15, as senhas estavam esgotadas. A maioria das pessoas que se encontravam na fila era formada por estudantes de Direito, que esperavam ansiosos a oportunidade de pegar as senhas para poderem acompanhar de perto o julgamento que acontece no próximo dia 25.
Tristeza
O estudante Felipe Carvalho, 18, conta que o assassinato da menina o comoveu bastante e o fato de ele estar na fila e de estudar Direito é apenas uma coincidência. “Fiquei triste com a morte da garota, mas ver o julgamento, antes de tudo, vai ser um grande aprendizado para minha carreira”, relatou. Outras pessoas que não atuam na área do Direito também fizeram questão de esperar mais de duas horas na fila.
Foi o caso do comerciante Antônio Carlos Moreira, 35, um dos primeiros a chegar. Ele disse que acompanha o processo desde o início e torce para que o acusado seja punido conforme a Lei. “Tomara que ele receba a punição máxima. Vou torcer para que o fato não passe impune. Tenho a convicção que a Justiça vai fazer a parte dela, pois a cobertura da Imprensa é ampla e a pressão popular vai sensibilizar o juiz”. Já outro estudante de Direito, Marcílio Almeida Cunha, 25, destacou que a Imprensa teve um papel importante em ajudar a colocar o acusado na cadeia.
O crime
Antônio Carlos, mais conhecido como ´Casim´, será levado a Júri popular pelos crimes de homicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, meio cruel e surpresa – estupro de vulnerável e ocultação de cadáver.
De acordo com o processo, a menina Alanis Maria Laurindo, de 5 anos, foi raptada quando estava com os pais em uma igreja do bairro Conjunto Ceará, no dia 7 de janeiro último.
No dia seguinte, o corpo da criança foi encontrado por populares em um matagal, no bairro Antônio Bezerra. O acusado foi detido dias depois.