A 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua realiza, nesta quinta-feira (09/12), audiência de instrução do processo que investiga a morte do adolescente Bruce Cristian de Souza Oliveira. Ele foi morto por um disparo feito pelo policial militar Yuri da Silveira Alves Batista, no dia 25 de julho deste ano.
Seis testemunhas de acusação, convocadas pelo Ministério Público, já foram ouvidas, restando apenas uma. Em seguida, serão colhidos os depoimentos das cinco testemunhas arroladas pelo advogado de defesa, Ernando Uchôa Sobrinho. A fase de instrução será encerrada com o interrogatório do réu.
A audiência desta quinta-feira estava marcada para o último dia 8 de novembro, mas foi adiada pela ausência da testemunha de acusação. Caso não compareça novamente, a juíza Valência Aquino, titular da Vara, pode mandar buscá-la coercitivamente.
Yuri da Silveira responde ao processo por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima, além de lesão corporal, ambos com o agravante de abuso de poder.
De acordo com a denúncia, baseada em inquérito policial, em 25 de julho deste ano, por volta das 16h30, Bruce Cristian e o pai, Francisco das Chagas de Souza Oliveira, iam para casa, em uma moto, quando, no cruzamento da avenida Desembargador Moreira com a rua Padre Valdevino, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza, foram avistados por policiais militares do programa Ronda do Quarteirão.
A acusação afirma que os policiais deram ordem para que Francisco das Chagas parasse a moto. Ele, no entanto, não obedeceu as ordens dos soldados, em virtude do barulho da avenida e do uso do capacete. Em vista disso, Yuri da Silveira disparou um tiro que atingiu fatalmente o adolescente, à época com 15 anos de idade.
O acusado ficou detido durante quase quatro meses no Presídio Militar, mas no último dia 26 teve a prisão preventiva revogada e responderá ao processo em liberdade.