A 4ª Vara do Júri, do Fórum Clóvis Beviláqua, levará a julgamento nesta quinta-feira (24/09), às 13h30, o réu Amâncio Alves Cavalcante Filho. Ele é acusado do assassinato de Francisco Antônio Viana Leitão, em março de 2007, no conjunto José Walter, periferia de Fortaleza. O crime teria ocorrido por vingança.
Na acusação, o Ministério Público aponta que o réu, já envolvido em assaltos e também em tráfico de drogas, nutria inimizade com a vítima, tendo a ameaçado de morte por diversas vezes.
Consta na denúncia que, na madrugada do dia 17 de março de 2007, por volta de 1h30, Francisco Antônio estava na pracinha do seu bairro bebendo com alguns amigos, oportunidade em que seu algoz se aproximou e perguntou se ele lembrava de ?acontecimentos anteriores?.
Sem deixar que a vítima respondesse, o réu efetuou, segundo o Ministério Público, diversos disparos, porém só dois projéteis teriam atingido Francisco Antônio, causando-lhe a morte.
Amâncio nega que tenha cometido o crime. Atualmente, ele encontra-se recolhido à Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL-I) em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Esse processo foi um dos que passou pela análise do Mutirão Carcerário, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Corregedoria Geral da Justiça, no Ceará. O réu, porém, não teve nenhum benefício concedido pelo fato de o processo se encontrar dentro da legalidade.
O promotor Alcides Jorge Evangelista vai trabalhar com a hipótese de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por ter impossibilitado a defesa da vítima. A defesa do réu, feita pelo advogado João Irton Veloso Frota, vai tentar provar a negativa de autoria. O julgamento será presidido pelo juiz titular da 4ª Vara do Júri, José Barreto de Carvalho Filho.