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Acusado de ser mandante de assassinato será julgado novamente pela 2ª Vara do Júri

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A 2ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua levará a novo julgamento, nesta sexta-feira (03/12), às 13h30, Francisco de Brito. Ele é acusado de ser o mandante do crime que acabou vitimando, por engano, Fábio Oliveira da Silva, em março de 2008, em Fortaleza.
O réu já havia sido julgado pelo 2º Tribunal do Júri em 14 de setembro do ano passado. Os jurados acataram tese de negativa de autoria intelectual e decidiram absolvê-lo. O Ministério Público recorreu da decisão e a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará determinou novo julgamento.
Consta nos autos que o denunciado desenvolve atividades de agiotagem e teria emprestado dinheiro a P.R.A.L, que não pagou a quantia devida. Por conta do débito, de acordo com a tese da acusação, Francisco de Brito teria contratado o pistoleiro João José Ferreira Filho, o ?JJ?, para matar o devedor.
Ocorre que, diante do assédio dos credores, P.R.A.L. decidiu se mudar com a família para outro bairro. No dia do crime, o pistoleiro teria chegado à antiga casa do devedor, no bairro Demócrito Rocha, e abordado a vítima que estava na entrada da residência, perguntando por ?Paulinho?. Fábio Oliveira da Silva respondeu que não havia ninguém com esse nome morando no local, pois ele acabara de se mudar para o novo endereço.
?JJ? se afastou do local, fez uma ligação e voltou atirando contra Fábio Oliveira da Silva, que acabou morrendo, por engano, segundo a acusação. O atirador também era réu no processo, mas acabou assassinado durante a instrução processual.
Francisco de Brito nega a acusação. Em depoimento, reconheceu ser credor de P.R.A.L, mas negou que tivesse encomendado a morte. Informou ainda que, quando passou a fazer as cobranças, descobriu que diversos outros credores também o procuravam.
A defesa será feita pelo advogado Edson Bernardino e pelo defensor público Átila Bezerra. A acusação ficará sob a responsabilidade da promotora de Justiça Joseana França Pinto. O julgamento será presidido pelo juiz Henrique Jorge Holanda Silveira, titular da 2ª Vara do Júri.